DA redação, com agências
O Comando Geral da Polícia Militar na noite desta quinta-feira (24) foi palco de um acontecimento lamentável envolvendo dois policiais. Um Sargento identificado como Paulo Maia de Andrade, 44 anos, foi assassinado com um tiro nas costas pelo próprio colega de farda, conhecido como Subtenente José Adelmo Alves dos Santos, 49 anos, da reserva remunerada.
De acordo com informações de testemunhas que presenciaram o ocorrido, o Subtenente teria chegado atrasado no comando e o sargento, que estava na guarda do quartel, teria dito que iria registrar o horário com uma anotação. Quando o Sargento virou rumo a mesa, o subtenente Adelmo sacou sua arma e efetuou um disparo pelas costas.
Uma unidade do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) chegou a ser acionada, mas o tiro, segundo paramédicos, perfurou o coração, nao dando chances de qualquer tipo de socorro.
O Subtenente logo após cometer o crime, jogou a arma no chão e foi levado pelos próprios policiais militares para uma cela, dentro do Comando Geral.
O corpo do sargento ficou estirado no pátio do comando até a chegada do Instituto Médico Legal (IML).
O comandante-geral da Polícia Militar do Acre, Júlio César se pronunciou sobre o homicídio registrado na noite desta quinta-feira (24) dentro das dependências do quartel, onde um subtenente matou um sargento a tiros.
O sargento Paulo Andrade, de 44 anos, foi morto com um tiro nas costas. Segundo o comandante-geral, o sargento e subtenente discutiram após o sargento chamar a atenção do subtenente José Adelmo Alves dos Santos, de 49 anos, por suposto atraso no horário de serviço.
“O subtenente Adelmo foi chamado atenção na falta de serviço e reagiu de forma desproporcional disparando contra o sargento Paulo Andrade. É um crime duramente militar. Todas as providências foram tomadas, o local foi isolado e o subtenente foi detido. Ele encontra-se em uma unidade militar à disposição da justiça”, disse o comandante-geral.
O comandante comentou ainda que situação igual a esta ocorreu em 1996 quando um policial disparou contra um colega dentro do quartel. Ele acrescentou também que o autor do disparo pode ser expulso da corporação e pode pegar 30 anos de prisão.
O sargento Paulo Andrade tinha mais de 20 anos no exercício militar. Já o subtenente Adelmo tem mais de 30 anos na profissão militar. Ele era da reserva militar, mas havia sido convocado recentemente para reforçar a segurança na capital após a onda de ataques por parte de facções criminosas que ocorreu no segundo semestre deste ano em cidades do estado. Ele, até então, fazia segurança na Organização das Centrais de Atendimento (OCA), na área central de Rio Branco. Todos os exames psicológicos e físicos antes de retornar da reserva indicaram boas condições em Adelmo, segundo Julio Cesar.
Uma viatura do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) foi acionada, mas a vítima já estava morta.