A Tribuna
Agentes penitenciários decidiram parar as atividades e partir do próximo domingo, dia 13, dia de visita nas unidades prisionais, o que pode desencadear nova crise no setor.
Em uma nota intitulada de “A cadeia vai parar” eles explicam a situação, com o aval da Associação dos Servidores do Sistema Penitenciário do Acre (Asspen).
A associação afirma na nota que o protesto é um grito de desespero por melhores condições de trabalho. Na verdade, é mais um capítulo da briga com interesses políticos conflitantes na área de segurança pública e que transborda para o atendimento à população.
O IAPEN ainda não se posicionou oficialmente sobre a movimentação
Eis a íntegra da nota anunciando a greve
A Associação dos Servidores do Sistema Penitenciário do Acre (Asspen) vem a público apoiar a decisão dos policiais penais que trabalham nos prédios provisórios do presídio Francisco de Oliveira Conde (FOC) em paralisar as atividades durante as visitas do próximo domingo (13).
O ato dos servidores é legítimo e um grito desesperado de socorro por melhores condições de trabalho, aos ouvidos surdos da direção do Instituto de Administração Penitenciária do Acre (Iapen), que ignora os problemas estruturais enfrentados pela categoria, mas investe em mídias sociais para dar a falsa sensação de que tudo está indo bem.
Não é verdade que os servidores estão sendo valorizados. Não é verdade que os investimentos estão sendo aplicados em melhorias estruturais. Não é verdade que a gestão está cuidando da saúde física e mental de seus policiais penais e servidores administrativos.
O Iapen não enxerga as dificuldades enfrentadas pelos seus pares. O Iapen não ouve aqueles que estão na frente dos prédios. O Iapen não fala por aqueles que arriscam suas vidas diariamente. O Iapen é cego, surdo e mudo!
O Iapen se tornou um gabinete político, onde muito se fala e pouco se faz. O Sr. Arlenilson Cunha, diretor-presidente do Iapen, não atende policiais penais, não conversa com entidades de classe e como se não bastasse, trata a Instituição como um puxadinho de sua casa, acomodando aliados e atendendo a demandas meramente políticas.
A Asspen não tem padrinho. A Asspen não tem posicionamento político. A Asspen só tem um lado, nele estão homens honrados e fardados, que juraram sacrificar a própria vida para salvar a vida do outro. Portanto, a Associação dos Servidores do Sistema Penitenciário do Acre não se furtará do combate e da luta por um sistema prisional mais justo e forte.
Contem com o apoio da Asspen. Sem recuar, sem cair, sem temer.
Força e Honra!
Eden Alves Azevedo
Presidente da Asspen