Policiais enviados ao Rio para segurança dos jogos olímpicos estão vivendo em situações precárias

Ao todo, 180 militares do Acre foram enviados ao Rio de Janeiro entre os dias 20 a 25 de junho

Militares acreanos estariam passando necessidade no Rio de Janeiro

O que era para ser um sonho de fazer parte da Força Nacional e promover a segurança durante os jogos olímpicos no Rio de Janeiro, para muitos policiais está virando um grande pesadelo. Policiais militares de todo o Brasil, realizaram nesta terça-feira (12) diversas manifestações em protesto por estarem trabalhando em escalas de serviço exorbitantes e ainda reclamam a falta de pagamento das diárias pelo Governo Federal.

De acordo com um policial militar acreano que pediu para manter a identidade preservada, a escala de trabalho que estão impondo aos policiais é sugada de 15h por 21h, haja vista que em suas funções normais, a escala é de 24h de trabalho por 72 horas de folga e o acordado foi uma escala de 12h por 24 ou 48h.

“As escalas estão sugadas, chegam a ser subumanas e isso é só um dos problemas que estamos enfrentando. Tem colegas meus que estão passando necessidades, pois o dinheiro que trouxeram já acabou e já não tem como arcarem com as dispensas deles e nem da família que ficou no estado”, disse o militar.

Os policiais estão alojados de 4 a 6 pessoas em um único apartamento sem a mínima estrutura, alguns tiveram que comprar seus colchões e ainda tendo que arcar com os próprios gastos como água e até alimentação. As diárias prometidas pelo governo federal, desde o dia em que chegaram ao Rio de Janeiro, em 20 de junho, ainda não foram pagas e segundo os militares, se cogita a possibilidade de terem que arcar também, com o pagamento dos apartamentos onde estão hospedados para não passarem por despejo.

Segundo o Presidente da Associação dos Militares do Acre (PMAC), Joelson Dias, a situação dos policiais é delicada e requer providências imediatas.

“Muitos já pediram baixa e voltaram para os seus estados e outros ainda tem perspectiva de que algo melhore. O que está acontecendo é algo que sai totalmente do que tinha sido acordado aqui no Acre e que infelizmente esses militares estão passando essa situação delicada e desagradável. Cabe a gente aqui, tomar as medidas cabíveis alertando o comando, pedindo que resolvam o caso levando também essa situação ao Secretário de Segurança, Emylson Farias. Esperamos que tomem providências quanto a situação desses policiais que foram ajudar o país. A missão já não é fácil e agora está sendo dificultada pelo governo federal”, disse Joelson.

Ao todo, 180 militares do Acre foram enviados ao Rio de Janeiro entre os dias 20 a 25 de junho. A missão, até que os jogos olímpicos acabem deve durar cerca de 90 dias.

Fonte: ContilNet

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Publicado por
Alexandre Lima

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