Dois suspeitos de envolvimento na fraude eletrônica que desviou cerca de R$ 107 milhões do Banco da Amazônia, em Belém, foram presos nesta quarta-feira (17) nos municípios de Imperatriz e São Luís, no Maranhão. A ação faz parte da investigação conduzida pela Polícia Civil do Pará sobre o ataque ao sistema bancário ocorrido em julho deste ano.
Com as novas prisões, sobe para seis o número de pessoas detidas por participação no esquema criminoso. Além dos mandados de prisão temporária, a polícia também cumpriu ordens de busca e apreensão com o objetivo de recolher dispositivos eletrônicos, documentos e registros financeiros que possam auxiliar no avanço das investigações.
De acordo com a polícia, os presos integram o núcleo operacional do grupo, que atuava de forma articulada no ambiente virtual para planejar o ataque. O crime foi caracterizado pelo acesso indevido ao sistema bancário e pela realização de transferências automatizadas em larga escala. As investigações seguem em andamento para localizar o programador responsável pelo sistema fraudulento e o financiador do esquema, que continuam foragidos.
Na primeira fase da operação, um gerente bancário foi preso sob suspeita de ter instalado um dispositivo malicioso na rede interna da instituição. Já na segunda etapa, os investigadores prenderam o recrutador do gerente, que teria prometido o pagamento de R$ 3 milhões em troca da participação no crime.
As apurações são conduzidas pela Divisão de Investigações e Operações Especiais (Dioe) e pela Delegacia de Estelionato e Outras Fraudes (Deof), com apoio da Polícia Civil do Maranhão. Em nota, o Banco da Amazônia informou que colabora com as autoridades e reafirmou que repudia qualquer prática ilegal.