Acre
Polícia Federal deflagra Operação AgroFuel e bloqueia R$ 4,4 milhões em bens em Rodrigues Alves
Esquema envolvia fraude no fornecimento de combustíveis e lavagem de dinheiro em Rodrigues Alves
A Polícia Federal deflagrou, nesta terça-feira (11), a Operação AgroFuel, com o objetivo de desarticular um esquema de fraude no fornecimento de combustíveis e lavagem de dinheiro no município de Rodrigues Alves. Durante a ação, foram bloqueados cerca de R$ 4,4 milhões em bens.
Os agentes cumpriram dois mandados de sequestro de bens, resultando na apreensão de um veículo, mais de 1.700 cabeças de gado e cerca de R$ 580 mil em ativos financeiros. Além disso, foram executados seis mandados de busca e apreensão, permitindo a coleta de materiais que ajudarão a aprofundar as investigações e identificar novos envolvidos no esquema criminoso.
As apurações revelaram que uma empresa contratada pelo município entre 2018 e 2022 emitiu notas fiscais fraudulentas, indicando volumes de combustíveis muito superiores ao realmente fornecido. Estima-se que, ao longo de cinco anos, o superfaturamento tenha ultrapassado 715 mil litros, resultando em um prejuízo milionário aos cofres públicos.
Os investigados poderão responder por fraude à licitação, lavagem de capitais e associação criminosa. Caso sejam condenados, as penas somadas podem chegar a 17 anos de reclusão.
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Deputado Tadeu Hassem cobra reabertura da Delegacia de Brasiléia e critica demora na reconstrução do prédio
O deputado destacou que o prédio da antiga delegacia ainda existe, mas precisa de reformas. Ele criticou a decisão do governo de esperar a construção de uma nova sede, o que pode levar até dois anos
Durante a sessão desta terça-feira (11) na Assembleia Legislativa do Acre (Aleac), o deputado Tadeu Hassem (Republicanos) fez um apelo ao Governo do Estado para a reabertura da Delegacia de Polícia Civil de Brasiléia que está fechada desde as enchentes de 2024.
Segundo o parlamentar, a ausência da unidade tem prejudicado a segurança pública na região de fronteira com o Departamento de Pando/Cobija/Bolívia.
“Brasiléia tem 30 mil habitantes e está há quase um ano sem delegacia. A unidade foi desativada após as enchentes e até agora não foi reformada. A Polícia Civil decidiu acumular o atendimento com Epitaciolândia, mas estamos falando de uma demanda de 50 mil pessoas para uma única delegacia. Isso é insustentável”, afirmou Hassem.
O deputado destacou que o prédio da antiga delegacia ainda existe, mas precisa de reformas. Ele criticou a decisão do governo de esperar a construção de uma nova sede, o que pode levar até dois anos.
“A população não pode esperar tanto tempo. Hoje, os registros oficiais de furtos e assaltos em Brasiléia diminuíram, mas não porque a criminalidade caiu, e sim porque as vítimas deixaram de registrar ocorrências por conta da distância da delegacia”, alertou.
Hassem solicitou apoio da Comissão de Segurança Pública da Aleac e reforçou seu compromisso com a segurança pública, lembrando que já destinou emendas para a Polícia Civil, o Corpo de Bombeiros e o Instituto de Administração Penitenciária (Iapen).
“Não dá para uma região de fronteira como aquela ficar sem assistência da Polícia Civil. Faço esse clamor e peço o apoio dos colegas deputados para resolvermos essa situação o quanto antes”, finalizou.
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Acusado de matar dona de casa e ocultar o corpo é julgado nesta terça (11)
O Tribunal do Júri da Comarca do Senador Guiomard julga, nesta terça-feira (11), o presidiário Judney de Andrade Alves, acusado do assassinato da dona de casa Maria de Jesus Rocha, ocorrido em outubro de 2023. O réu responde por homicídio qualificado por motivo torpe, meio cruel, uso de recurso que dificultou a defesa da vítima e ocultação de cadáver.
Segundo a denúncia, o crime ocorreu na manhã de 18 de outubro de 2023, na residência do acusado, localizada no Ramal do Jacaré, zona rural do município. Na ocasião, Judney teria ferido pelo menos 20 golpes de faca contra a vítima durante uma discussão. Ambos estariam sob efeito de bebida alcoólica no momento do crime.
Após o homicídio, o réu manteve o corpo da vítima dentro do imóvel até o dia seguinte, quando o transportou para uma área próxima ao Rio Iquiri e o enterrou em uma cova rasa.
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Brasil cai em ranking de percepção da corrupção, com pior colocação da história
O Brasil ficou na 107ª posição na edição de 2024 do Índice de Percepção da Corrupção (IPC), da Transparência Internacional, empatado com Argélia, Malauí, Nepal, Níger, Tailândia e Turquia.
Pleno.News/Paulo Moura
É a pior colocação na série histórica, iniciada em 2012. De acordo com o um relatório da entidade lançado junto com o ranking, o decréscimo da nota do País se deveu a fatores como o silêncio do presidente Luiz Inácio Lula da Silva sobre a pauta anticorrupção, a manutenção do ministro das Comunicações, Juscelino Filho, no cargo mesmo após ser indiciado pela Polícia Federal por corrupção passiva, fraude em licitação e organização criminosa.
Desde 1995, o IPC avalia 180 países e territórios e atribui notas entre 0 e 100 para medir o nível de integridade das nações com base em dados que trazem a percepção de acadêmicos, juristas, empresários e especialistas acerca do nível de corrupção no setor público. Os melhores resultados vieram de Dinamarca (90 pontos), Finlândia (88), Cingapura (84) e Nova Zelândia (83).
Com a contribuição do governo Lula (PT) e do Supremo Tribunal Federal (STF), o Brasil caiu três posições no Índice de Percepção da Corrupção (IPC), medido pela organização Transparência Internacional, e atingiu, na edição de 2024, a pior nota e pior colocação da série histórica, iniciada em 2012.
O IPC lista 180 países do mundo em uma escala de pontuação que vai de 0 a 100, na qual, quanto mais baixo for o número, pior é a percepção de corrupção do país. A média mundial no último ano foi de 43 pontos, resultado similar ao registrado nas Américas, que foi de 42. O Brasil, no entanto, ficou abaixo desses índices e anotou apenas 34 pontos, ficando na 107ª colocação global.
No ano passado, o Brasil tinha registrado 36 pontos e ocupava a 104ª posição. Os melhores resultados brasileiros foram em 2012 e em 2014, quando o país teve 43 pontos e ficou na 69ª colocação. Durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), o país chegou a evoluir no ranking, ficando em 94° lugar entre 2020 e 2022, ante a 105ª posição de 2018, último ano do governo Temer.
Atualmente, a Transparência Internacional trabalha com 13 pesquisas diferentes feitas por 12 organizações internacionais que ouvem especialistas e o mercado sobre a percepção que eles têm sobre a corrupção em um país.
Em relação ao Brasil, alguns pontos contribuíram para a piora da percepção de corrupção, entre eles estiveram:
– Silêncio reiterado do presidente Lula sobre a pauta anticorrupção;
– Falta de transparência e condições de controle social adequadas no Novo PAC;
– Percepção de crescente ingerência política na Petrobras;
– Reiteradas negativas do governo a pedidos de acesso a informação sob justificativa questionável de conterem dados pessoais, incluindo casos envolvendo pessoas da alta cúpula do governo;
– Persistência de corrupção no Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (DNOCS) envolvendo o Centrão e desvios de emendas parlamentares;
– Arquivamentos e anulações em série, determinadas pelo STF, de casos de macrocorrupção decorrentes da anulação de provas produzidas pelo acordo de leniência do Grupo Odebrecht.
A Transparência Internacional também ressalta que o resultado ruim do Brasil reflete o fato de que o crime organizado já começa a capturar o Estado. O índice, segundo a instituição, precisa servir de alarme para as autoridades brasileiras.
– Em 2024, o Brasil falhou, mais uma vez, em reverter a trajetória dos últimos anos de desmonte da luta contra a corrupção. Ao contrário, o que se viu foi o avanço do processo de captura do Estado pela corrupção. A principal evidência de que estamos entrando no estágio avançado desse processo vai se tornando clara: a presença cada vez maior e explícita do crime organizado nas instituições estatais – resumiu a entidade.
Nas Américas, o melhor resultado foi o do Uruguai, que anotou 76 pontos e ficou na 13ª posição no ranking mundial. No âmbito mundial, a Dinamarca liderou a lista, com 90 pontos; seguida pela Finlândia, com 88 pontos; e pela Singapura, com 84. Já os três piores países foram a Venezuela, com 10 pontos; a Somália, com 9; e o Sudão do Sul, com apenas 8 pontos.
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