O miliciano Rui Paulo Gonçalves Estevão, de 33 anos, o Pipito, apontado como chefe da maior milícia do Rio e braço-direito de Zinho, foi baleado e morreu na noite desta sexta-feira (7).
Na troca de tiros com policiais, dois seguranças dele também foram baleados e hospitalizados.
A operação foi realizada pela Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco) e pela Subsecretaria de Inteligência (Ssinte) da Polícia Civil na Favela do Rodo, em Santa Cruz, na Zona Oeste do Rio.
O miliciano e seguranças estavam em uma casa e reagiram à prisão, segundo a polícia. Houve troca de tiros e os três foram baleados. Nenhum policial ficou ferido
A polícia afirmou que Pipito foi socorrido e levado para o Hospital Municipal Rocha Faria. Segundo a unidade de saúde, o miliciano já chegou lá morto.
Imagens mostra o momento em que uma pick-up da polícia chega ao hospital com os três baleados na caçamba. Nas imagens, os dois seguranças saem acordados – um deles caminhando e outro do maca – e são levados algemados para serem atendidos.
Pipito aparece desacordado, sem algemas, e é colocado pelos policiais na maca, sem esboçar qualquer reação e com vários ferimentos – um deles pouco abaixo do peito.
Em reação à morte do miliciano, três ônibus foram sequestrados e utilizadoscomo barricadas na Avenida Antares, em Santa Cruz, segundo informações da Rio Ônibus. Um deles foi queimado.
O tipo de reação lembra, em menor escala, à que ocorreu em outubro, quando morreu o sobrinho de Zinho. Na ocasião, foram queimados 35 ônibus, e Pipito é tido como o mentor das cenas de terror, que chocaram o Rio de Janeiro.
Em nota, o governador Cláudio Castro classificou a ação da polícia que terminou com a morte de Pipito como “duro golpe” contra o crime e afirmou que os criminosos atacaram os agentes.
“Nossa Polícia Civil deu mais um duro golpe contra criminosos que atentam contra a paz da população (…) No momento da prisão, o criminoso atacou os agentes. Houve confronto e ele foi baleado. O recado está dado: vamos continuar combatendo o crime de maneira implacável, seja milícia, tráfico ou qualquer grupo mafioso”, disse Castro.
O secretário de Polícia Civil, delegado Marcus Amim, afirmou que a ação foi “mais uma demonstração de que quem manda no Rio de Janeiro é o Estado”