Maggie Fox e Amanda Sealy, da CNN
Uma análise final da terceira e última fase de testes clínicos da vacina contra a Covid-19 desenvolvida pela farmacêutica Pfizer mostrou 95% de eficácia e não apresentou problemas de segurança, informou a empresa nesta quarta-feira (18).
Com isso, a Pfizer anunciou que vai buscar uma autorização da Administração de Alimentos e Medicamentos dos Estados Unidos (FDA, em inglês) para uso emergencial “dentro de alguns dias”.
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Os dados mostram que a afirmação inicial da Pfizer, que indicava mais de 90% de eficácia da substância, se confirma.
“A eficácia foi consistente em dados demográficos de idade e etnia. A eficácia observada em adultos com mais de 65 anos foi de mais de 94%”, disse a Pfizer e a parceira alemã BioNTech em um comunicado conjunto.
“Houve 10 casos severos de Covid-19 identificados nos testes, com 9 deles registrados no grupo que recebeu placebo e 1 no grupo vacinado”, anunciaram.
“O Data Monitoring (grupo independente que acompanha os estudos) não registrou nenhuma preocupação grave com a segurança relacionada à vacina.” A única ocorrência relatada por alguns voluntários após receberem a segunda dose da substância foi cansaço.
“Tolerabilidade em todos os grupos etários”
“Esses dados serão submetidos a outras agências regulatórias pelo mundo”, disse a Pfizer. ” A rápida proteção que essa vacina fornece, combinada com seu perfil de tolerabilidade em todos os grupos etários estudados até agora – deve ajudar a tornar essa vacina uma importante ferramenta para enfrentar a atual pandemia”, afirmou Ugur Sahin, CEO e cofundador da BioNTech.
A Pfizer disse no dia 9 de novembro que dados preliminares mostravam que a vacina tinha mais de 90% de eficácia. Essa informação se baseou nos primeiros 94 casos de infecção registrados entre os voluntários. Na época, a empresa disse que precisaria estudar mais casos antes de finalizar a fase 3 de estudos e buscar a autorização da FDA.
A terceira fase dos testes clínicos da vacina da Pfizer começou no dia 27 de julho. A empresa informou que, dos 43.661 participantes dos estudos, 41.135 receberam uma segunda dose da substância ou placebo. A FDA disse que queria ao menos dois meses de monitoramento dos voluntários após a aplicação da vacina.
“Com base nas projeções atuais, as empresas esperam produzir globalmente mais de 50 milhões de doses da vacina em 2020 e mais de 1,3 bilhão em 2021”, disseram a Pfizer e a BioNTech.