A Polícia Federal concluiu o inquérito sobre o Massacre do Rio Abacaxis, ocorrido em agosto de 2020, e indiciou 13 pessoas por envolvimento em graves violações de direitos humanos contra comunidades indígenas e ribeirinhas nos municípios de Borba e Nova Olinda do Norte, no interior do Amazonas.
Entre os indiciados estão policiais militares do estado, apontados como responsáveis por oito homicídios e uma série de abusos cometidos durante a operação “Lei e Ordem”, conduzida pela Secretaria de Segurança Pública do Amazonas (SSP-AM) e pela Polícia Militar.
De acordo com a PF, a ação foi marcada por ameaças, tortura, invasões de domicílios, sequestros e ocultação de cadáveres. As investigações identificaram ainda que duas autoridades comandaram diretamente a operação e atuaram para dificultar a fiscalização de outros órgãos públicos, além de proteger os executores das punições legais.
Os crimes atribuídos aos envolvidos incluem homicídio qualificado, sequestro e cárcere privado, destruição e ocultação de cadáver, vilipêndio a cadáver, tortura, constituição de milícia privada e fraude processual.
A conclusão do inquérito representa um avanço nas demandas por justiça feitas por familiares das vítimas e por organizações de defesa dos direitos humanos que acompanham o caso desde 2020.