PF fiscaliza entrada e permanência de estrangeiros no interior do Acre

Em Cruzeiro do Sul, ao menos 500 imigrantes já foram identificados.
Alguns podem ser deportados por estarem exercendo atividade ilegal.

PF intensifica fiscalização a estrangeiros no aeroporto de Cruzeiro do Sul (Foto: Francisco Rocha/G1)

A Polícia Federal intensificou a fiscalização nos rios, estradas e no aeroporto Internacional de Cruzeiro do Sul (AC) para controlar a entrada e a permanência de imigrantes no Acre. Durante a fiscalização, a PF identificou que muitos estrangeiros tem entrado na região com visto de turista mas estariam exercendo atividade missionárias e trabalhistas em empresas da cidade, o que é proibido por lei.

O delegado geral da PF no vale do Juruá, Milton Neves informou que em torno de 500 estrangeiros já foram identificados e estão sendo monitorados. Todos que foram identificados com o visto de turista e querem permanecer na região já foram orientados a regularizar a documentação ou terão que sair do país.

Entre os estrangeiros identificados pela Policia Federal com suspeita de estarem exercendo atividade ilegal na região estão americanos, italianos, alemães, espanhóis, chilenos, peruanos e bolivianos.

As empresas que forem identificadas pela Policia Federal, com estrangeiros trabalhando de forma irregular podem ser multadas em até R$ 2.476 , ser inscritas na dívida ativa da União, e o estrangeiro é deportado do país.

A atenção da PF também está voltada para os estrangeiros que entram na cidade como turista, e sem autorização da Fundação Nacional do Índio (Funai) em Brasília estão indo conviver nas aldeias indígenas para fazer pesquisa. Alguns grupos de estrangeiros, principalmente chilenos já foram expulsos pala Polícia Federal, por estarem vivendo de forma clandestina com os índios.

Em um dos casos já identificados em Cruzeiro do Sul, a PF retirou de uma aldeia, um grupo de sete chilenos que tinham a intenção de levar um indiozinho com a promessa de que iriam colocá-lo na escola.

A fiscalização também tem o objetivo de combater a biopirataria no interior do Acre, combate ao tráfico de pessoas, envolvendo estrangeiros e principalmente os indígenas.

O delegado Milton Neves explica que muitos estrangeiros chegam com a intenção de amizade com os índios por conta da sabedoria que eles tem com a floresta, o que facilita para conseguir o que eles querem da floresta amazônica.

O G1 tentou entrar em contato por telefone com a Funai em Cruzeiro do Sul (AC), mas ninguém foi encontrado para comentar o assunto.

Francisco Rocha/G1

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Publicado por
Alexandre Lima