PF do Acre ajuda a prender 13 pessoas e apreender 14 armas em operação contra o desmatamento ilegal

Fiscalização durou cinco dias e foi feita pela Operação Amazônia Legal em áreas rurais no Projeto de Assentamento Extrativista Antimary (PAE), em Boca do Acre (AM).

PF do AC ajuda a prender 13 pessoas e apreender 14 armas em operação contra o desmatamento ilegal — Foto: Divulgação/PF-AC

Por Aline Nascimento, G1 Acre — Rio Branco

Em cinco dias de fiscalização na Operação Amazônia Legal, as forças armadas federais do Acre e Amazonas cumpriram 27 mandados de busca e apreensão em áreas rurais do interior do Projeto de Assentamento Extrativista Antimary (PAE), na zona rural da cidade de Boca do Acre, no Amazonas.

A operação foi iniciada no último dia 13 para combater o desmatamento ilegal, grilagem de terras e descumprimento de decisões judiciais no período de queimadas no estado acreano.

A ação é feita pela Polícia Federal do Acre com o Exército Brasileiro, Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) e Secretaria Estadual de Meio Ambiente (Sema).

A força-tarefa conta ainda com a colaboração de procuradores do Amazonas.

Durante as fiscalizações, a Polícia Federal do Acre (PF-AC) disse que foram presas 13 pessoas em flagrante, apreendidas 14 armas de fogos e 14 motosserras, além de outros instrumentos e equipamentos usados durante o desmatamento.

“Todas as forças federais foram protagonistas e tiveram papel decisivo no cumprimento da missão, atuando de forma harmônica no âmbito de cada uma de suas respectivas atribuições, sem o qual a medida não teria atingido tal desfecho”, destacou a PF-AC.

A Polícia Federal ressaltou também que a ação tem como principal objetivo reduzir o desmatamento na Amazônia Legal, composta pelos estados do Acre, Amazonas, Amapá, Mato Grosso, Pará, Rondônia Roraima, Tocantins e parte do Maranhão.

Operação durou no total cinco dias — Foto: Divulgação/PF-AC

Ainda segundo a PF-AC, esse desmatamento ilegal é feito para atividades agropecuárias, principalmente no período de seca nas regiões. Com as queimadas, a qualidade do ar piora e causa doenças respiratórias nas pessoas e as autoridades estão preocupadas que a fumaça aumente os casos do novo coronavírus.

Além disso, a PF-AC acrescentou que a ideia é preservar o Antimary, que é alvo de conflitos e disputas de terra entre ocupantes irregulares e os moradores locais.

No último dia 7 de maio, o presidente Jair Bolsonaro havia autorizado o envio de tropas das Forças Armadas para combater focos de incêndio e desmatamento ilegal na chamada Amazônia Legal, que engloba os estados de Acre, Amapá, Amazonas, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima, Tocantins e parte do Maranhão.

Campanha de prevenção

Já no último dia 11, o governo do Acre também confirmou que a campanha de combate e prevenção ao desmatamento ilegal e queimadas no Acre vai ser colocada em prática já neste mês de maio. Normalmente a campanha é iniciada em agosto.

A antecipação é para evitar fumaça no ar durante a pandemia da Covid-19. A preocupação é que os pacientes infectados ou com sintomas da doença piorem com a qualidade do ar ruim.

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G1 Acre