Por Aline Nascimento, G1 Acre — Rio Branco
A operação foi iniciada no último dia 13 para combater o desmatamento ilegal, grilagem de terras e descumprimento de decisões judiciais no período de queimadas no estado acreano.
A ação é feita pela Polícia Federal do Acre com o Exército Brasileiro, Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) e Secretaria Estadual de Meio Ambiente (Sema).
A força-tarefa conta ainda com a colaboração de procuradores do Amazonas.
Durante as fiscalizações, a Polícia Federal do Acre (PF-AC) disse que foram presas 13 pessoas em flagrante, apreendidas 14 armas de fogos e 14 motosserras, além de outros instrumentos e equipamentos usados durante o desmatamento.
“Todas as forças federais foram protagonistas e tiveram papel decisivo no cumprimento da missão, atuando de forma harmônica no âmbito de cada uma de suas respectivas atribuições, sem o qual a medida não teria atingido tal desfecho”, destacou a PF-AC.
A Polícia Federal ressaltou também que a ação tem como principal objetivo reduzir o desmatamento na Amazônia Legal, composta pelos estados do Acre, Amazonas, Amapá, Mato Grosso, Pará, Rondônia Roraima, Tocantins e parte do Maranhão.
Ainda segundo a PF-AC, esse desmatamento ilegal é feito para atividades agropecuárias, principalmente no período de seca nas regiões. Com as queimadas, a qualidade do ar piora e causa doenças respiratórias nas pessoas e as autoridades estão preocupadas que a fumaça aumente os casos do novo coronavírus.
Além disso, a PF-AC acrescentou que a ideia é preservar o Antimary, que é alvo de conflitos e disputas de terra entre ocupantes irregulares e os moradores locais.
No último dia 7 de maio, o presidente Jair Bolsonaro havia autorizado o envio de tropas das Forças Armadas para combater focos de incêndio e desmatamento ilegal na chamada Amazônia Legal, que engloba os estados de Acre, Amapá, Amazonas, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima, Tocantins e parte do Maranhão.
Já no último dia 11, o governo do Acre também confirmou que a campanha de combate e prevenção ao desmatamento ilegal e queimadas no Acre vai ser colocada em prática já neste mês de maio. Normalmente a campanha é iniciada em agosto.
A antecipação é para evitar fumaça no ar durante a pandemia da Covid-19. A preocupação é que os pacientes infectados ou com sintomas da doença piorem com a qualidade do ar ruim.