Acre

PF deflagra operação Terra Grabber para combater crimes contra a Reserva Extrativista Chico Mendes

Operação Terra Grabber prende criminosos por grilagem, desmatamento e ameaças a moradores tradicionais; grupo usava documentos falsos e movimentava valores suspeitos

As investigações tiveram início após denúncias do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), que indicaram a atuação de grupos organizados. Foto: captada 

A Polícia Federal (PF) deflagrou nesta terça-feira (12) a Operação Terra Grabber no Acre, desarticulando uma organização criminosa especializada em grilagem dentro da Reserva Extrativista Chico Mendes. O grupo agia com documentos falsificados, ameaças a moradores e desmatamento ilegal para tomar terras públicas e comercializá-las irregularmente.

Como a quadrilha operava
  • Invadia áreas protegidas da reserva ambiental

  • Desmatava ilegalmente para criar pastagens

  • Falsificava contratos de compra e venda

  • Ameaçava comunidades tradicionais para expulsá-las

  • Mantinha gado em áreas desmatadas de forma irregular

As investigações, iniciadas a partir de denúncias do ICMBio, revelaram que os criminosos movimentavam valores suspeitos em contas bancárias, indicando lucro com a venda ilegal de terras. A reserva, criada em homenagem ao líder seringueiro Chico Mendes, é uma área protegida destinada ao extrativismo sustentável e ao uso tradicional por populações locais.

Também foram identificadas movimentações financeiras suspeitas relacionadas às atividades ilícitas. Foto: captada 

Impactos ambientais e sociais

A ação criminosa:

  • Ameaçou o modo de vida de comunidades extrativistas
  • Destruiu áreas de floresta para criação de gado
  • Ferramentas falsas para simular legalidade

A PF cumpre mandados de busca e apreensão e deve detalhar nas próximas horas o número de presos e a quantidade de áreas recuperadas. A operação conta com apoio do ICMBio e do Ministério Público Federal (MPF).

Este é considerado o maior caso de grilagem já desarticulado na reserva nos últimos anos, expondo a pressão sobre áreas protegidas na Amazônia. A investigação continua para identificar outros envolvidos na rede criminosa.

Segundo as apurações, os criminosos utilizavam contratos falsificados e chegaram a ameaçar moradores tradicionais da região para consolidar sua presença. Foto: captada 

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Publicado por
Marcus José