PF combate exploração ilegal de madeiras na Ponta do Abunã, divisa do Acre e Rondônia

Policiais federais dão cumprimento a 20 mandados de busca e apreensão e a 20 mandados de bloqueio e sequestro de bens, em Porto Velho, Ariquemes (RO), Lábrea (AM) e Rio Branco

Foi apurada a prática reiterada da extração ilegal de madeira das Terras Indígenas, Florestas e Parques Nacionais no entorno do distrito de Vista Alegre do Abunã.

Por Edmilson Ferreira

A Polícia Federal deflagrou hoje (17) a Operação Deforest 2, para dar continuidade a investigações a respeito de um grupo criminoso dedicado à exploração ilegal de madeira das áreas de preservação demarcadas na região da Ponta do Abunã, distrito de Porto Velho, em Rondônia.

Policiais federais dão cumprimento a 20 mandados de busca e apreensão e a 20 mandados de bloqueio e sequestro de bens, nas cidades de Porto Velho, Ariquemes (RO), Lábrea (AM) e Rio Branco. As medidas judiciais foram expedidas pela 3ª Vara da Justiça Federal em Porto Velho.

As investigações iniciaram a partir de denúncias e relatórios de fiscalização dos órgãos ambientais, além de informações obtidas em operações anteriores. Foi apurada a prática reiterada da extração ilegal de madeira das Terras Indígenas, Florestas e Parques Nacionais no entorno do distrito de Vista Alegre do Abunã.

A partir da notícia crime encaminhada à Polícia Federal, foi possível a identificação de pessoas físicas, madeireiros, “laranjas” e “toreiros”, bem como pessoas jurídicas (madeireiras), que criaram uma estrutura criminosa para a retirada ilegal de madeira da reserva, falsificação de créditos florestais e lavagem de dinheiro decorrente dessas infrações.

Após beneficiadas, as madeiras extraídas da reserva indígena ou parque nacional eram comercializadas, com lastro em DOFs que continham informações falsas acerca de sua origem.

Durante as investigações da Operação Deforest 2, constatou-se que as madeiras beneficiadas por serrarias situadas no Distrito de Vista Alegre do Abunã vinham, em sua maioria, das áreas de preservação da União. Após beneficiadas, as madeiras extraídas da reserva indígena ou parque nacional eram comercializadas, com lastro em DOFs que continham informações falsas acerca de sua origem.

Os indiciados serão ouvidos na sede da Polícia Federal e responderão, na medida de sua participação, pelos crimes de organização criminosa, extração ilegal de madeira, falsidade ideológica, inserção de dados falsos e lavagem de capitais.

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Publicado por
G1 Acre