Durante a conturbada sessão que visou analisar o PSL 385/2016, que propõe o fim da obrigatoriedade no pagamento da contribuição sindical, realizada na Comissão de Assuntos Sociais (CAS), nessa quarta-feira (14), o senador Sérgio Petecão, autor do projeto, foi agredido verbalmente por um sindicalista que acompanhava a votação.
Desde o início da reunião, senadores disseram ouvir provocações vindas de pessoas contrárias ao tema. Uma das provocações aconteceu no momento em que Sérgio Petecão fazia uso da palavra. Um sindicalista disse, repetidas vezes, que aquela tratava-se de uma “comissão de peculatários”. Os manifestantes ainda tentaram intimidar o senador Sérgio Petecão com cartazes de reprovação.
A polícia do Senado retirou o sindicalista do plenário sob protestos de vários senadores. Ele aparece no site da Nova Central como Diretor Secretário Geral. “Os senadores não devem aceitar esse tipo de agressão”, disse Petecão.
O parlamentar reiterou que não é contra o pagamento da contribuição sindical. Sua oposição é com relação a obrigatoriedade da contribuição. “Esse dinheiro, salvo poucos casos, não retorna para o trabalhador. O dinheiro acaba indo para ações como essas, que denigrem a imagem do parlamento e promovem arruaça em frente ao Congresso Nacional. O próprio trabalhador precisa ter o direito de decidir se deseja ou não repassar um dia de trabalho para os sindicatos”, disse Petecão.
Sérgio Petecão pediu ainda que os demais senadores se unam para a aprovação dessa matéria. “Não vamos ter medo. Faremos esse enfrentamento. Fui ameaçado por um sindicalista que disse que vai colocar pessoas nas ruas para mostrarem a força dos sindicatos. Essas ameaças não irão funcionar”, disse.
Após o desentendimento, o relator do projeto, senador Wilder Moraes (PP/GO), optou pela retirada da matéria de pauta, que voltará a ser apreciada em próximas sessões.