Brasil

Pesquisadores identificam fungo da família “The Last of Us” na Amazônia paraense

Descoberta ocorreu durante trilha no REVIS Metrópole da Amazônia, mas especialistas garantem: espécie é inofensiva para humanos

A descoberta reforça a importância de unidades de conservação urbanas como o REVIS, que abriga mais de 300 espécies de fungos catalogados. Foto: internet 

Em uma descoberta que parece saída de um roteiro de ficção científica, pesquisadores identificaram um fungo do gênero Akanthomyces (família Cordycipitaceae) infectando uma mariposa no Refúgio de Vida Silvestre Metrópole da Amazônia, em Marituba (PA). O achado foi realizado durante atividades da Semana do Meio Ambiente por Josi Matos, Samira Silva e Willan Silva, que registraram o inseto com estruturas fúngicas características saindo de seu corpo.

Dados que acalmam os fãs de The Last of Us:
  • Família conhecida: A mesma do Cordyceps, estrela da franquia de games e série da HBO

  • Diferença crucial: Espécies amazônicas não infectam humanos, apenas artrópodes

  • Importância ecológica: Fungos controlam naturalmente populações de insetos

Detalhes da descoberta:
  • Local exato: Trilha no REVIS, unidade de conservação com 6,3 mil hectares de floresta

  • Condições: Alta umidade e temperatura típica da Amazônia (28°C)

  • Registro científico: Primeira ocorrência documentada deste gênero na região metropolitana de Belém

Biólogos do Museu Paraense Emílio Goeldi explicam que, diferentemente da ficção, esses fungos são aliados: “Um único Akanthomyces pode eliminar até 300 lagartas por hectare, reduzindo pragas agrícolas naturalmente”, afirma a Dra. Ana Lúcia Nunes. O material coletado será estudado para verificar se trata-se de uma espécie já catalogada ou uma nova descoberta para a ciência.

A descoberta reforça a importância de unidades de conservação urbanas como o REVIS, que abriga mais de 300 espécies de fungos catalogados. Para quem quiser observar o fenômeno, pesquisadores recomendam madrugadas úmidas entre dezembro e março, quando a atividade fúngica é mais visível.

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Publicado por
Marcus José