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Pesquisadora descobre floresta fossilizada de 290 milhões de anos
Achado no Paraná mostra vegetação da era da separação dos continentes
Uma pesquisa desenvolvida pela Universidade Federal do Paraná (UFPR) possibilitou à ciência abrir uma janela para viajar no tempo e estudar uma floresta composta por 164 árvores de cerca de 290 milhões de anos, quando o mundo começava a ter os continentes divididos, em uma transição da deriva continental entre os períodos do megacontinente Pangeia e o antigo paleocontinente Gondwana.
A floresta era formada por árvores de uma linhagem chamada licófitas de Ortigueira, plantas que mediam até 18 metros e cresciam em áreas frequentemente inundadas por água salgada.
A descoberta, feita durante uma pesquisa de doutorado da estudante do Programa de Pós-Graduação em Geologia da UFPR Thammy Ellin Mottin, foi publicada no periódico Palaeogeography, Palaeoclimatology, Palaeoecology.
Em nota publicada pela federal do Paraná, a pesquisadora diz que as árvores encontradas fossilizadas “estão preservadas dentro da rocha da exata maneira em que viviam”, guardando as características de um ecossistema que existia há cerca de 290 milhões de anos.
Posição original
Thammy acrescenta que os fósseis encontrados apresentam plantas preservadas na posição original (vertical), o que é considerado algo extremamente raro, “especialmente no paleocontinente Gondwana”.
Segundo a UFPR, até hoje, só há relato de mais dois locais com plantas da linhagem preservadas desta forma. Um desses locais é na Patagônia argentina e outro, no Rio Grande do Sul, “regiões em que o número de licófitas é bem menor e cujos caules se encontram deformados verticalmente”.
De acordo nota divulgada pela universidade, as licófitas de Ortigueira recém-descobertas não estão comprimidas como as de outros lugares, o que permite “uma reconstrução da planta com mais fidelidade”, proporcionando noções mais precisas sobre como essas árvores eram distribuídas no terreno, bem como sobre a quantidade de plantas por hectare, a relação delas entre si e sua interação com o ambiente, entre outros aspectos.
Thammy acrescenta que o sistema de raízes das árvores encontradas nunca havia sido descrito em licófitas do Gondwana. “O sistema de raízes forma lobos que partem da base dos caules, cuja função seria a ancoragem da planta no substrato.”
Ela destaca que, ao associar o estudo com outros trabalhos científicos, foi possível, aos pesquisadores brasileiros, reconstruir o ambiente em que a floresta viveu e a forma como as plantas morreram. A floresta era banhada pelo antigo Oceano Panthalassa, em uma região costeira que sofria influência da água doce dos rios e da água salgada do mar.
Inundação
As plantas viviam nessa transição entre terra e mar, em algo semelhante ao que seria uma região de manguezal. “Elas ocupavam um substrato frequentemente inundado”, explica a pesquisadora. Fortes chuvas, então, causaram uma inundação fluvial, com o transbordamento da água dos rios, evento que contém, além de água doce, grande quantidade de sedimentos, entre partículas de areia e argila.
“Presume-se que os sedimentos foram cobrindo as árvores progressivamente, levando à asfixia e à compressão das raízes. O soterramento continuou até o ponto em que a parte superior das licófitas colapsou, deixando exposta parte do caule. A parte interior do caule foi sendo removida pela ação da água e foi preenchida por sedimentos que ainda chegavam e que terminaram por soterrar completamente a floresta”, detalha a doutoranda.
De acordo com Thammy, supõe-se que todo esse processo ocorreu rapidamente no tempo geológico, em questão de dias ou poucos anos, enquanto um processo de fossilização em condições normais costuma demorar milhares ou milhões de anos.
Piscar de olhos
“No tempo geológico, esse período de dias a poucos anos é comparável a um piscar de olhos. Nesses casos, o que vemos atualmente nessa floresta é muito fidedigno ao que era o ecossistema da época em que vivia”, explica Thammy.
Ela acrescenta que as informações obtidas por meio de plantas fossilizadas podem revelar aspectos da evolução biológica, datação e reconstituição da história geológica da Terra, ecossistemas e climas do passado; e que muitas dessas informações são difíceis de recuperar pois, durante sua vida ou morte, as plantas colapsam e são levadas para longe de seu habitat, perdendo suas características originais.
Nesse sentido, a vegetação fossilizada descoberta no Paraná torna-se ainda mais relevante “devido à sua rara fossilização instantânea”, o que torna seus elementos extremamente fiéis. Assim, o achado acaba por ajudar a traçar o clima existente na época, “demonstrando que uma importante mudança climática ocorreu naquele período, com a passagem de uma forte glaciação para um período de clima mais quente, chamado pós-glacial.”
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Com ajuda da FAB, pacientes do Acre recebem fígados de doadores de Palmas e Goiânia
Equipes da Fundação Hospitalar do Acre fizeram os procedimentos entre sábado (23) e domingo (24). Órgãos foram trazidos para a capital Rio Branco em voos da FAB. Dia Nacional da Doação de Órgãos é comemorado nesta terça-feira (26).

Equipes da Fundação Hospitalar do Acre fizeram os procedimentos entre sábado (23) e domingo (24) — Foto: Arquivo/Fundhacre
Dois pacientes da Fundação Hospitalar do Acre, em Rio Branco, que precisavam de um fígado para sobreviver, saíram da fila de transplante entre o último sábado (23) e esse domingo (24). Os órgãos foram trazidos para a capital do Acre com ajuda das equipes da Força Aérea Brasileira (FAB).
Um dos doadores era de Palmas (TO) e o segundo de Goiânia (GO). Os transplantes foram feitos pelas da Fundação Hospital Estadual (Fundhacre). Os pacientes seguem em recuperação na unidade de saúde.
Os dois pacientes sofriam de cirrose hepática por vírus da hepatite B e Delta (CH VHB). Um deles tem 41 anos, é natural de Boca do Acre, no Amazonas, e está na capital acreana há seis meses em tratamento. O outro tem 35 anos, mora em Porto Velho, e chegou em Rio Branco em estado grave há um mês.
Apenas esse ano, as equipes da Fundhacre já fizeram 14 transplantes de ano. “Foi um final de semana exaustivo, de muito trabalho, mas que compensou imensamente porque a gente ver o resultado de dois pacientes transplantados e indo bem. A equipe está imensamente feliz em fazer dois transplantes de fígado na sequência e com logísticas extremamente difíceis. Foram doadores de dois estados diferentes”, explicou a coordenadora do Programa de Transplantes da Fundhacre, Valéria Monteiro.
Transplantes
O primeiro paciente a ser submetido ao procedimento foi o homem de 41 anos. A equipe foi notificada pela Central Estadual de Transplantes, na sexta-feira (22), de que havia um órgão disponível na capital do estado de Tocantins.
Uma equipe da unidade de saúde de Rio Branco foi para Palmas fazer a captação do órgão na madrugada de sábado (23). Os profissionais retornaram para a capital acreana em um avião da FAB nas primeiras horas da manhã de sábado.
“A gente mobilizou toda uma equipe, inclusive um cirurgião de São Paulo que se deslocou para Palmas e, graças ao apoio da Força Aérea Brasileira, conseguiu transportar tanto o médico quanto o fígado para o Acre. Chegaram no Acre nas primeiras horas de sábado e a gente fez o primeiro transplante”, relembrou.
Ainda na manhã de sábado, os profissionais da Fundhacre receberam outra notificação de uma doação de fígado de um paciente de Goiânia. A equipe foi para a cidade goiana em um voo comercial, o órgão foi captado na madrugada de domingo e chegou em Rio Branco pela manhã também em um voo da FAB.
“A gente viabilizou uma terceira equipe para acompanhar, havia um prazo para entrega do corpo [do doador] e tivemos que nos desdobrar. Estávamos terminando um transplante, mobilizamos outra equipe para ir fazer a captação. Tivemos dificuldades para chegar em tempo viável porque o fígado tem um tempo de isquemia de 12 horas, que é o tempo que temos da captação para o implante”, destacou.
O segundo transplante foi concluído às 17h desse domingo. Os dois pacientes se recuperam bem na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) da Fundhacre. “Os pacientes estão com boa evolução na UTI, com o fígado em sinal de funcionamento, então, apesar de um trabalho árduo, ininterrupto, a equipe está muito feliz. Um transplante para acontecer passa por muitas mãos, desde a equipe de assistência, o apoio, a gestão do hospital que viabiliza o que a gente precisa”, concluiu.
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Ação rápida: Investigadores da DHPP prendem acusado de homicídio em Rio Branco
Lucas Cauã de Lima Oliveira de 19 anos, estava em via pública e armado com um revólver, quando foi preso por investigadores da Delegacia de Homicídios.
Ciborgue, como é conhecido, ainda teria tentado uma reação, mas acabou rendido pelos agentes da DHPP.
Ele, estava com a prisão preventiva decretada, por ter rompido a tornozeleira eletrônica. Lucas Cauã cumpria pena por roubo.
No momento da ação dos investigadores o acusado portava este revolver calibre 38, munições e drogas.
Com a prisão de Lucas foi possível também elucidar um homicídio, ocorrido na semana passada, em Rio Branco.
Quando foi interrogado pelo Delegado Cristiano Bastos, Ciborgue confessou, que foi o autor do assassinato de Ricardo Leite de Araújo, de 42 anos.
A vítima, que era usuária de drogas, foi assassinada a tiros, na noite a última quinta-feira, 21.
O crime aconteceu no Ramal Bom Jesus, região da Vila Acre.
De acordo com informações da polícia, a vítima estava em casa, quando foi chamada por um desconhecido, mas ao chegar no portão acabou executado a tiros.
Lucas declarou ao delegado, que a vítima tinha uma dívida de drogas, além de ser suspeita de executar furtos na região, por isso acabou assassinada.
A Delegacia de Homicídios agora terá o prazo de dez dias para finalizar o inquérito do caso.
Matéria relacionada:
Foragido da Justiça é morto a tiros na região da Vila Acre, em Rio Branco
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Presidente da Câmara de Brasiléia e vereadores acompanham Programa Mais Saúde em Ação Itinerante Rural
O Presidente da Câmara Municipal de Brasiléia, Marcos Tibúrcio, acompanhado dos vereadores Elenilson Cruz e Leonir de Castro, estiveram presente em mais uma edição do Programa Mais Saúde em Ação Itinerante Rural, realizado na manhã deste sábado, 16.
O evento aconteceu no quilômetro 59 da BR 317 (Estrada do Pacífico), com mais 53 quilômetros de ramal, no seringal Pacuara, na residência do Senhor Zima, proprietário da Colônia 5 Irmãos.
Com a oferta de diversos serviços de saúde para a população em geral, os locais receberam atendimentos médicos, psicológicos, palestras, atendimentos odontológicos, vacinas contra a Covid-19, vacinas de rotina, distribuição de medicamentos, testes rápidos de hepatite, sífilis, HIV e PCCU.
Também esteve presente na atividade, o deputado estadual, Tadeu Hassem; o secretário de saúde, Francélio Barbosa; a secretária de educação, Francisca Oliveira; a representante do OPM, Suly Guimarães; o secretário adjunto de agricultura, Mário Jorge; profissionais de saúde e a comunidade local.
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