Por Caio Junqueira, CNN
O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) tenta uma reaproximação com o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP)
O senador foi convidado para uma conversa no Palácio do Planalto, que acabou acontecendo no início da noite desta terça-feira. No encontro, o tema foi a sucessão no Senado. Alcolumbre disse que vai apresentar o seu candidato nas próximas semanas. Bolsonaro perguntou se ele já tinha nomes de sua preferência e o senador disse que não. O presidente então disse que o Planalto não terá um candidato divergente do dele e que quer apoiar o candidato escolhido por ele.
O governo, porém, pretende deixar claro a Alcolumbre que o objetivo era eliminar a chance de recondução do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ).
Além disso, há a avaliação de que Alcolumbre é um eleitor importante na sucessão do Senado e de que é preciso estar próximo a ele no processo de definição dos nomes.
Um interlocutor do presidente disse à CNN que ele é uma peça “primordial e fundamental” para quem quiser ter chances de se eleger. “Não dá para descartá-lo”, completou.
Nesse sentido, começa até mesmo a circular a ideia de que Alcolumbre apoie um nome que seja construído em conjunto com o Planalto. Caso, por exemplo, do líder do governo no Congresso, Eduardo Gomes (MDB-TO).
Gomes é próximo a Alcolumbre, mas até agora não figura na lista de nomes que o próprio Alcolumbre fez como possíveis candidatos. São eles: Antonio Anastasia (MG), Nelsinho Trad (MS) e Lucas Barreto (AP), do PSD, Rodrigo Pacheco (MG) e Marcos Rogerio (RO), do DEM, e Daniella Ribeiro (Progressistas). Por ora, Anastasia e Pacheco despontam como os preferidos do presidente do Senado.