Pai negou a bênção ao filho executado dentro de delegacia. “Por mim pode matar”

O colono Francimar da Silva Bezerra teve que identificar o local onde enterrou o bebê de seis meses, que ele estrangulou antes de matar a mãe da criança. A operação, acompanhada pela polícia, ocorreu na tarde desta terça-feira. Algemado, o assassino, que confessou o crime, pediu para passar na casa do pai, no final da tarde, no município do Bujari.Na varanda da casa em madeira, a esposa dele e os enteados choravam muito, decepcionados com a atitude insana do homem que nutria um desejo sexual pela vítima e já a havia amarrado durante outras tentativas de estuprá-la.

Francimar pediu a bênção ao pai, um seringueiro que vive modestamente na cidade e também tem casa às margens do Rio Antimary, onde aconteceu o crime, no último domingo. O pai não respondeu sobre a bênção do filho, mas murmurou cabisbaixo: “por mim, pode matar. Esse aí não me serve mais”.

A cena foi testemunhada por agentes da polícia civil e por funcionários da prefeitura, que ajudaram a levar o acusado até o pasto onde o corpo da criança foi enterrado.
Francimar foi morto na manhã desta quarta-feira, após uma invasão à delegacia de Polícia do Bujari. Estima-se que mais de 60 pessoas tenham participado da surra que deixou o rapaz ensanguentado, sem vida, no chão da cela.

A mulher assassinada por Francimar havia prestado queixa contra ele. Ela pensava estar livre de Francimar após ser avisada de uma medida protetiva que impedia o agressor de se aproximar da vítima. No dia do crime, o casal se encontrou por acaso num varadouro. Em depoimento, o assassino disse que pediu uma informação á mulher, que teria lhe respondido aos gritos. Após isso, ele desferiu um soco no rosto da mulher, que estava com a criança no colo. O bebê caiu no chão, chorando, e engatinhou até a mãe. Não suportando o barulho que a criança fazia, Francimar estrangulou o menino.

Com informaçães de Assem Neto

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Publicado por
Alexandre Lima