Acre

Outdoor em Cruzeiro do Sul denuncia crise no sistema prisional do Acre

Um outdoor instalado em uma das avenidas mais movimentadas de Cruzeiro do Sul, próximo ao complexo esportivo, expõe a grave situação do sistema prisional do Acre. A peça publicitária, promovida pelos aprovados no último concurso da Polícia Penal, destaca a necessidade urgente de aumentar o efetivo de policiais penais e exige ações concretas do governo para enfrentar o caos que assola as unidades prisionais.

O sistema prisional do Acre enfrenta desafios críticos, como a falta de efetivo, constantes fugas e superlotação, fatores que comprometem a segurança da sociedade e a integridade do sistema. A ausência de um número adequado de policiais penais afeta diretamente o controle das unidades, enquanto a superlotação cria condições insalubres e insustentáveis tanto para detentos quanto para os servidores.

A convocação recente de 261 aprovados no concurso público para a Polícia Penal foi vista como um passo positivo, mas insuficiente. Dos convocados, 114 apenas substituirão servidores temporários, enquanto muitos efetivos estão prestes a se aposentar, agravando ainda mais o déficit de profissionais. Essa realidade evidencia a necessidade de medidas mais amplas e planejadas para reestruturar o setor.

Além do outdoor, os aprovados têm realizado diversas ações de mobilização para chamar a atenção das autoridades e da sociedade. Entre as iniciativas, destacam-se:

Campanhas nas redes sociais: Postagens constantes que mostram a situação crítica das unidades prisionais e reforçam a necessidade de ampliação do efetivo.

Carros de som: Veículos circulam pelas ruas de Cruzeiro do Sul e outras cidades do estado com mensagens que cobram uma resposta imediata do governo.

Reuniões com autoridades políticas: Os aprovados têm buscado apoio de deputados e outras lideranças para pressionar o governo estadual a agir.

Um marco importante dessa mobilização foi o apoio conquistado junto ao deputado federal Coronel Ulisses. Por meio de uma emenda parlamentar, ele garantiu recursos para custear o curso de formação dos novos policiais penais, eliminando qualquer justificativa financeira para o atraso na convocação.

A falta de efetivo e a superlotação comprometem não apenas o funcionamento do sistema prisional, mas também a segurança da sociedade como um todo. Constantes fugas colocam criminosos de volta às ruas, enquanto a sobrecarga dos servidores pode levar ao esgotamento físico e mental, aumentando o risco de falhas no controle dos detentos.

Especialistas apontam que o aumento do efetivo é essencial para:

Garantir a segurança nas unidades prisionais;

Reduzir as taxas de fuga;

Proporcionar um ambiente mais seguro e menos insalubre para os detentos, o que também contribui para a ressocialização.

Os aprovados no concurso reforçam que a solução para a crise prisional passa por uma convocação mais ampla de servidores e pela implementação de políticas públicas que priorizem a segurança do sistema. A mobilização, que já ganhou força em Cruzeiro do Sul, tende a se expandir para todo o estado caso o governo não tome medidas efetivas para atender às reivindicações.

A pressão sobre o governo deve continuar até que ações concretas sejam tomadas para solucionar os problemas estruturais do sistema prisional e atender às demandas dos aprovados no concurso da Polícia Penal.

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Publicado por
Jonys David (Ceara)