Ouro Branco: Acre ganha game histórico com soldado da borracha como herói

Por Wanglézio Braga – acertais

Ouro Branco é o nome do mais novo game produzido no Acre que promete levar o jogador a uma verdadeira imersão na história da Amazônia. Com lançamento oficial marcado para o próximo sábado (26), às 15h, no teatro do Museu dos Povos Acreanos, o jogo 2D de sobrevivência traz como protagonista um soldado da borracha que precisa vencer os desafios da floresta para coletar látex e comercializá-lo.

O cenário é inspirado no cotidiano dos trabalhadores da borracha durante a Segunda Guerra Mundial, quando milhares de homens foram recrutados para extrair o “ouro branco” das seringueiras e abastecer os interesses industriais dos Aliados. Agora, essa narrativa ganha um novo formato: o do game educativo e interativo, com uma proposta de resgate histórico, cultural e pedagógico.

Produzido pela empresa acreana Andes Comunicação, o projeto foi financiado com recursos do edital audiovisual nº 006/2023 da Fundação Elias Mansur (FEM), via Lei Paulo Gustavo, e contou com uma equipe de 12 pessoas. Em 11 meses de produção, o time conseguiu transformar a memória dos antepassados em uma ferramenta tecnológica capaz de dialogar com o presente e o futuro.

“Queríamos contar nossa história de forma acessível e envolvente, misturando o passado com o futuro. Mostrar aos jovens, por meio do jogo, a dura realidade dos soldados da borracha”, explica o empresário, Dennys Ferrera.

O game não é apenas um resgate cultural, mas também um marco para o setor tecnológico no estado. Com foco na economia criativa, “Ouro Branco” representa o potencial de desenvolvimento digital e educacional do Acre. Além disso, a equipe priorizou a acessibilidade, incluindo recursos como: ampliação da tela, alto contraste para pessoas com baixa visão, opções de tradução em Libras, legendas, transcrição textual e audiodescrição.

Com cinco jogos mobile no portfólio e experiência no mercado internacional, a Andes Comunicação aposta que “Ouro Branco” pode se transformar em material complementar nas escolas públicas e particulares, funcionando como uma ferramenta de apoio ao ensino da história local de forma lúdica e inovadora.

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