O governo federal prevê, no Orçamento de 2025, um valor R$ 1,4 bilhão menor para o Bolsa Família no ano que vem, em comparação com 2024.
Portanto, esse será o segundo ano sem reajuste do Bolsa Família.
Em 2024, a verba total do programa foi de R$ 168,6 bilhões. No Orçamento de 2025, o governo reservou R$ 167,2 bilhões para o programa social, atendendo a 20,9 milhões de famílias em situação de pobreza.
A informação consta na proposta de Orçamento para o próximo ano, enviada ao Congresso Nacional nesta sexta-feira (30).
Nesta semana, o ministro do Desenvolvimento Social, Wellington Dias, responsável pelo programa social no governo, informou ao g1 e TV Globo que a inflação está sob controle.
Por conta isso, argumentou o ministro, o valor médio pago às famílias mantém, em sua visão, o poder de compra dos beneficiários.
Para 2024 e para 2025, entretanto, a previsão do mercado financeiro é de que a inflação oficial, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), some, respectivamente, 4,25% e 3,93%.
“Não há nenhum estudo [de reajuste], nenhum levantamento, porque dentro da realidade, nesse momento do Brasil, nós temos o poder de compra preservado. É possível comprar, com o valor que pagamos no ano passado, os produtos necessários com base na cesta de alimentos, os produtos de primeira necessidade para estas famílias”, disse o ministro Wellington Dias, nesta semana.
O ministro citou ainda que cada família tem recebido, em média, R$ 230 por integrante, o que está dentro do valor esperado para que uma pessoa possa sair da condição de pobreza.
Além disso, segundo Dias, um reajuste poderá ser discutido se o governo identificar uma inflação mais pesada para a população de baixa renda.
“Claro que também estamos atentos, qualquer momento que tiver a necessidade … O presidente quer garantir que os mais pobres tenham não só o benefício, mas o poder de compra adequado para que a gente possa alcançar um objetivo de tirar o Brasil do Mapa da Fome e fazer disso também um instrumento para a promoção da dignidade”, afirmou o ministro.
A lei do novo Bolsa Família prevê que esses valores poderão ser corrigidos em, no máximo, dois anos. Na visão do governo, a lei autoriza o reajuste, mas não o torna obrigatório.
Com isso, segundo Dias, será possível ampliar o número de famílias que recebem dinheiro pelo programa em 2025.