Brasil

Oposição cobra que governo Lula classifique Hamas como grupo terrorista

Parlamentares planejam fazer discursos no Congresso durante a semana criticando posicionamento da diplomacia brasileira

Por: Revista Oeste

A oposição ao governo Lula na Câmara vai cobrar oficialmente um posicionamento do presidente depois dos ataques terroristas em Israel desde sábado 7. Nesta semana, deputados prometem ir à tribuna e adotar uma postura mais dura em relação aos ataques do Hamas e criticar a postura da diplomacia brasileira até o momento.

Os parlamentares entendem que é necessário repudiar com mais veemência a atuação do Hamas e não relativizar o que aconteceu.

Em mensagem postada no X (antigo Twitter) neste sábado 7, Lula repudiou os ataques, mas relativizou a ação do grupo extremista ao escrever ser necessário trabalhar por um “Estado palestino economicamente viável” e “dentro de fronteiras seguras”.

Na mesma mensagem, Lula afirmou que o Brasil “poupará esforços para evitar a escalada do conflito”.

“O que a gente espera é que o governo brasileiro inclua o Hamas como grupo terrorista. Até agora não deixaram isso claro, como já acontece na União Europeia e nos Estados Unidos”, disse o ex-presidente do Grupo Parlamentar de Amizade Brasil-Israel, deputado Sóstenes Cavalcante.

“É preciso uma condenação expressa do Hamas.”

Oposição quer que o presidente Lula reconheça que o Hamas é um grupo terrorista | Foto: Ricardo Stuckert/PR

Grupo terrorista

Os deputados pretendem solicitar ao governo que o Hamas seja considerado oficialmente um grupo terrorista.

Dentre as medidas que estão sendo analisadas pela oposição, está a apresentação de um requerimento para convocar o chanceler brasileiro, Mauro Vieira.

O Brasil só considera como terrorista os grupos que tenham essa classificação pela Organização das Nações Unidas (ONU), o que não é o caso do Hamas.

Os deputados também apoiam que seja aprovada pela Câmara uma moção de repúdio ao Hamas pelos ataques a Israel.

A oposição quer aproveitar que o Brasil está no comando do Conselho de Segurança da ONU para requerer um posicionamento contrário ao Hamas.

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Assessoria