Oposição avalia atuação do Legislativo acreano em 2013

Relação Aleac/Executivo chegou às raias do absurdo, diz Rocha

Da redação, com Agazeta.net

“O Legislativo termina 2013 com uma imagem arranhada perante a sociedade”. A frase é do líder do PSDB na Assembleia Legislativa do Acre, deputado Wherles Rocha, ao fazer uma análise sobre a atuação da Aleac em 2013.

Para o deputado, o relacionamento da Aleac com o Poder Executivo chegou às raias do absurdo. Esta classificação, segundo ele, deve-se ao grande volume de projetos de lei que o Executivo enviou para votação no fim do ano legislativo sem permitir tempo hábil para apreciação de todos eles.

De acordo com Rocha, o primeiro semestre de atividades na Aleac foi relativamente tranquilo, embora a Assembleia tenha sido alvo de diversos manifestos, como o do “Dia do Basta”. A tranquilidade do primeiro semestre, sem sombra de dúvida, não se repetiu no segundo semestre legislativo, que iniciou com protestos devido à rejeição, por parte dos parlamentares, a polêmica PEC 02/2013 de iniciativa do deputado Gilberto Diniz-PTdoB, que pretendia acabar com as aposentadorias dos ex-governadores.

“A PEC teve 19 assinaturas, tudo indica que o legislativo ia se fortalecer e terminar o ano cumprindo seu papel que é o de representar o povo e não o Executivo. Infelizmente, a Aleac mais uma vez se rendeu aos caprichos do governo”.

Quanto a PEC 03 que trata sobre as emendas impositivas, o major Rocha considera a não aprovação um retrocesso ao Legislativo. “A discussão sobre uma emenda impositiva sempre existiu no sentido de fortalecer o Poder Legislativo. Havia o interesse e compromisso dos deputados em aprovar o projeto, inclusive da grande maioria da base. Mas, o que vimos foi mais uma vez os parlamentares recuando e dizendo não a autonomia do legislativo. Da mesma forma aconteceu com os projetos que vieram para serem aprovados no final do ano. Muitos chegaram de última hora e sequer pudemos fazer uma análise mais profunda e nem tivemos a oportunidade de debater com a sociedade”.

Para Rocha, a assembleia legislativa encerra 2013 acumulando pontos negativos no que diz respeito a sua atuação perante a educação e a polícia civil, mesmo tendo avançado entre muitos ouros aspectos.

Questionado quanto à atuação da oposição nas próximas eleições, Rocha é categórico em afirmar que eles estão prontos para o embate. “Acreditamos que o povo deseja mudança e vamos trabalhar muito para que isso ocorra. 2014 será um ano muito importante. Devido aos manifestos ocorridos neste ano, acredito que a população estará mais criteriosa nas urnas no ano que vem”.

Em relação à suposta desunião que existe dentro da oposição o parlamentar afirma que embora exista divergências, o convívio é harmônico. “A diversidade de opiniões existe porque isso é natural no ser humano, porém, o convívio ainda é harmônico, não atropelamos nossos aliados, como normalmente ocorre dentro da FPA”.

Quanto à possibilidade de a oposição chegar a um consenso de lançar finalmente uma chapa única na disputa pelo governo, Rocha afirma que este continua sendo o desejo do PSDB, porém, o partido respeita o direito de outras pessoas de se candidataram. “O nosso entendimento é que o mais viável seria uma chapa única, mas, não tiramos o direito de qualquer outra pessoa de se lançar candidato. Democracia é isso. Estamos confiantes para o próximo ano. Em 2010 o candidato da oposição perdeu a eleição por menos de 1%. Naquela época não tínhamos o Gladson Cameli e Henrique Afonso ao nosso lado. Hoje, temos o apoio destes grandes líderes”.

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Publicado por
Alexandre Lima