Com informações do ac24horas
A Polícia Federal (PF) prendeu sete pessoas na manhã desta terça-feira, em Rio Branco (AC). Os detidos são acusados de articular, pelo WhatsApp, atentados contra policiais militares e civis do estado. A Operação Joker também deflagrou doze mandados de busca e apreensão e três mandados e internação de menores de idade. Os presos foram indiciados pela prática dos crimes previstos no art. 288-A, do Código Penal, que trata da formação de grupos de extermínio.
Em entrevista coletiva à imprensa, os representantes do sistema de segurança pública do Acre estiveram ao lado do superintendente da PF no estado, Araquém de Lima, e comentaram a ação policial que teve como base a integração das forças para a defesa da integridade física dos policiais acreanos. O delegado Nilton Boscaro representou os secretários de Segurança Pública e da Polícia Civil. Além disso, o comandante-geral da Polícia Militar, coronel Júlio Cersar, também esteve presente durante a coletiva.
Araquém de Lima classificou a operação como “de muito êxito” e reafirmou à imprensa que a ação não “teria acontecido sem a junção das três forças”. Para ele “foi muito prazeroso trabalhar em conjunto. Esperamos que consigamos repetir num futuro”, comentou o chefe da PF no Acre.
Fábio de Paula, delegado regional de Combate ao Crime Organizado da polícia judiciária federal, afirmou que a periculosidade do grupo é percebida pelas apreensões de armas de fogo e drogas. “Isso mostra o sucesso da operação e da integração com as demais forças policiais e a potencialidade lesiva dessa organização”, destacou o investigador ao apresentar o balanço da atividade iniciada nas primeiras horas desta terça-feira.
Ainda segundo o delegado Jacob Guilherme, da PF, “o grupo já trabalhava com o tráfico de drogas, o que levantou as suspeitas sobre os acusados. Além disso, foram apreendidos, ainda, nove celulares, que tinha ligação com o crime investigado, porque eles se comunicavam pelo WhatsApp”, e destacou que o principal objetivo era de “reprimir” a atuação desses criminosos.
O investigador da Polícia Federal não divulgou o nome das supostas vítimas do grupo. Mesmo assim, Jacob destacou que outros envolvidos ainda podem ser presos, e que as pessoas relacionadas pelo grupo seriam policiais militares e civis. Além disso, os detidos na manhã desta terça-feira, 19, já tinha passagem pela polícia por crimes diversos. “Eles tinham passagem por violentos como homicídio doloso, roubo e dados e invasão”, explica o delegado destacando que “os criminosos residem em bairros tidos como perigosos” da capital acreana.
Júlio Cersar, comandante da PM, disse que os militares do Acre não vão baixar a guarda frente a esse tipo de incidente. Ele chamou os policiais de “guerreiros” e classificou a operação foi “exitosa”, destacando que confia no trabalho dos policias. Nilton Boscaro, delegado do estado, comentou sobre a importância do trabalho de “inteligência policial”.