Por G1
O diretor-geral da Organização Mundial de Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, disse nesta segunda-feira (16) que há registro de morte de crianças por causa do Covid-19.
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Ele não deu mais detalhes sobre o perfil das vítimas. Entretanto, até esta segunda, a OMS não havia divulgado a morte de crianças pelo novo coronavírus. A entidade vem ressaltando que os grupos mais vulneráveis incluem as pessoas mais velhas ou com doenças pré-existentes, como diabetes, ou no sistema cardiovascular, como hipertensão.
A diretora-técnica da OMS Maria van Kerkhove apontou que os relatórios não apontam transmissões em locais como escolas. “Mas vimos crianças morrerem dessa infecção”, disse, sem dar números.
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“O que não sabemos ainda – porque ainda não temos o resultado de enquetes sorológicas – é a extensão da infecção assintomática em crianças”, explicou Maria.
Tedros ressaltou que a escalada dos casos e mortes pelo mundo justifica a adoção de medidas de distanciamento social (fechamento de escolas, trabalho remoto e suspensão de eventos, entre outros), mas que a OMS afirma que testes em larga escala para cada caso suspeito ainda são a melhor alternativa para conter a disseminação do vírus.
O diretor-geral frisou a necessidade de testar todos os casos suspeitos.
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“Teste, teste, teste. Teste todo caso suspeito. Se for positivo, isole e descubra de quem ele esteve próximo”, orientou Tedros.
A diretora técnica da OMS Maria van Kerkhove voltou a aconselhar que sejam mantidas as estratégias de contenção. “(É preciso) achar todos os casos e seguir todos os contatos e testar os contatos. Dá para parar a transmissão entre as pessoas”, disse Maria.
Os diretores da OMS recomendaram que todos os casos, até os leves, sejam isolados em centros de saúde, mas reconhecem que isso não é possível para todos os países, já que alguns não têm a capacidade de adotar essa medida. Nesses casos, os países devem priorizar pacientes mais velhos e aqueles com doenças pré-existentes.
“Alguns países expandiram a capacidade usando estádios e academias para tratar casos leves, com casos severos e críticos tratados em hospitais. Outra opção é que pacientes com casos leves sejam isolados e cuidados em casa”, disse Tedros.
O diretor-geral também reconheceu que esta última medida pode colocar em risco outras pessoas na mesma casa, então é muito importante que essas pessoas sigam as recomendações da OMS sobre como fazer o isolamento adequado.