O caso do brutal assassínio do adolescente Gabriel Nunes, ocorrido há oito anos, retornará ao centro das atenções nesta sexta-feira, 13, com o julgamento de Wedson Pereira Ambrósio, um dos últimos envolvidos no crime. Ele será acusado de homicídio, ocultação de cadáver e associação a uma organização criminosa. A audiência acontecerá no plenário da 1ª Vara do Tribunal do Júri, no Fórum Criminal, em Rio Branco.
A denúncia do Ministério Público do Acre aponta que o crime ocorreu em 2 de dezembro de 2016, quando Gabriel foi atraído para uma emboscada. Ele foi levado por um dos acusados até o Ramal da Zezé, no Belo Jardim, onde foi cercado por pelo menos cinco rivais, incluindo dois menores, e submetido a uma intensa sessão de tortura. Após a brutalidade, o adolescente foi assassinado, esquartejado e decapitado, sendo este o primeiro caso deste tipo registrado na região, com os criminosos documentando e divulgando o ato nas redes sociais.
Os restos mortais de Gabriel foram enterrados em uma cova rasa. A investigação do caso, liderada na época pelo Delegado Roberth Alencar, levou à prisão de Anacleto dos Santos Moreira, que, ao ser interrogado, revelou a localização dos restos mortais da vítima.
Em 2018, Anacleto foi condenado a mais de 40 anos de prisão pelo envolvimento no crime, segundo decisão do Conselho de Sentença da 1ª Vara do Tribunal do Júri. O suposto mandante do assassinato, Claudivan Pereira Ferreira, conhecido como “Pezão”, foi assassinado na Bolívia no mesmo ano, encerrando uma das trágicas páginas desse caso que ainda impacta a sociedade local.