O que esperar do setor elétrico em 2016?

Empresas amargaram prejuízos em 2015

Itaan Arruda (Foto: Alexandre Lima/O Alto Acre)

A Eletrobras anunciou ano passado que faria investimentos no setor elétrico da ordem de R$ 310 milhões. De acordo com a promessa feita em audiência pública, esse recurso seria aplicado até 2017.

Se a promessa será cumprida, só o tempo dirá. Acuada, sem credibilidade entre a população e muito menos entre os empresários, a empresa deve sentir os efeitos da crise em um ano especialmente difícil como será este que inicia. Efetivamente, não se tem segurança de que os recursos anunciados serão liberados.

O setor elétrico no Acre continua a ser um dos gargalos para o setor produtivo. A Eletrobras só não é mais pressionada porque a atividade industrial no Acre é muito limitada, para não dizer inexistente. As poucas ilhas de produção que teimam por aqui amargaram prejuízos. Muitos deles, devido às falhas no setor elétrico.

A questão da energia é um problema que se arrasta ao longo dos anos. Fazendo um recorte estritamente ligado aos governadores da Frente Popular, nem Jorge Viana, nem Binho Marques e nem Tião Viana conseguiram resolver o problema.

A insensibilidade de Brasília nesse setor é motivada justamente pelo baixo capital instalado aqui. O Ministério de Minas e Energia sabe que a estruturação de um sistema elétrico no Acre tem “apenas” impacto social. Não tem consequência econômica para o país em grande escala. Claro que nenhum burocrata nos ministérios assume isso.

O desafio para o Palácio Rio Branco em 2016 no setor elétrico é continuar pressionando para que esse gargalo seja, ao menos, minimizado.

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Publicado por
Alexandre Lima