O fogo consome 26,6% das áreas protegidas na Bolívia

Segundo relatório da ABT, as chamas causaram danos à natureza em Santa Cruz, Beni e La Paz

 Com Esmir Cortez Becerra

O incêndio continua devastando as florestas do país. De acordo com o último relatório da Autoridade Florestal e Terrestre (ABT), entre os dias 12 e 18 de outubro, 4.436 fontes de calor foram registradas em áreas protegidas, o equivalente a 26,6% das queimadas ocorridas no período.

O relatório indica que, até este domingo, dia 18 de outubro, existiam 16.675 fontes de calor com média diária de 2.382 eventos, superior ao recorde de 2019, que foi de 1.582 fontes por dia.

Entre as reservas afetadas estão Copaibo, Río Blanco y Negro, Noel Kempff Mercado, Isiboro Sécure, Humedales del norte, Iñao, Aguaragüe, Parabanó, Madidi, entre outras.

Enquanto isso, os municípios que lutam para tentar controlar o incêndio são San Ignacio, Concepción, Urubichá, Ascensión de Guarayos, El Puente, San Javier e San Matías, todos no departamento de Santa Cruz.

Já no departamento de Beni, as fontes de calor se concentraram em Baures, Exaltación, San Javier e Santa Ana, além do município de La Paz de Ixiamas.

A ABT acrescenta que mais de 8.160 fontes de calor (49%) estão em áreas sem cobertura. São locais cuja vocação de uso do solo se destina à produção agrícola. Um pouco mais de 8.515 fontes de calor (51%) estavam localizadas em áreas com florestas e matagal.

De acordo com a ABT, até o momento foram abertos 600 processos administrativos contra os causadores de incêndios. Destes, 277 processos correspondem à Santa Cruz. Além disso, 30 processos criminais foram iniciados contra jaquetas do departamento de Santa Cruz e uma pessoa em Beni.

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Publicado por
Marcus José