Candidato ao governo do Acre pelo partido União Brasil, senador fala com exclusividade ao ge sobre o que pensa para o esporte acreano, se for eleito no dia 2 de outubro
O senador Marcio Bittar, 59 anos, do partido União Brasil, foi o terceiro entrevistado da série de entrevistas da CBN Amazônia Rio Branco com os candidatos ao governo do Acre.
Ele esteve presente no complexo de comunicação da Rede Amazônica Acre, na manhã desta quarta-feira (24), e conversou com exclusividade com o ge sobre o pensa para o esporte do Acre, se for eleito no dia 2 de outubro.
O político, que destaca ser um praticante assíduo de atividade física, vê o esporte com essencial para o corpo e para a mente.
Ele é cauteloso e observa que o Acre tem uma situação financeira que não é privilegiada, por isso, acredita que a criação de uma bolsa para atletas pode ser uma alternativa. E ressalta que o governo deve sim ser parceiro, mas não tem que bancar e nem “vender ideias mirabolantes”. Confira as principais declarações:
– Não adianta vender ideias mirabolantes. A profissionalização do esporte é difícil pro Acre, pois nós somos um estado com muita dificuldade econômica. O que acho que o estado deve fazer é reaquecer os campeonatos das redes estaduais, promover isso no estado inteiro mesmo e na medida do possível descobrir talentos e incentivar que esses talentos acreanos possam brilhar lá fora. Sem falsas ilusões, mas é possível pro estado, descobrindo os talentos, incentivá-los criando bolsas para dar a eles a oportunidade de ir para os grandes centros tentar ver se vingam lá. O estado pode criar uma bolsa. O estado gasta tanto dinheiro com tanta coisa. E aí claro, por um período, se ele comprovar o seu talento será incorporado e você vai ter ao longo de alguns anos mais acreanos, além do goleiro do Palmeiras e da seleção brasileira (Weverton), que é um grande exemplo pra todos nós, em várias modalidades esportivas pelo país afora.
– O bem é barato. As escolas já têm suas estruturas, por exemplo. A maior parte delas ou boa parte delas já têm suas quadras. Você tem emendas hoje da bancada federal que saem com muita facilidade pra construção de quadras, de piscinas. Então, você não tem uma estrutura muito cara porque boa parte você já tem. Você promover o esporte nesse nível é barato e tem um grande resultado. É motivador, agrega, ajuda a criar um ambiente nas escolas, no bairro onde essas escolas estão, de animação da comunidade. É um momento de entrega, de torcida, então é uma coisa que não sai caro e tem um excelente resultado. Então, acho ruim você não ter uma secretaria específica voltada para o esporte. Além de ser saúde. É saúde, é esporte, é integração.
– Não vou dizer que o estado tem como bancar o esporte profissional. O ideal é que o profissional seja bancado pela audiência mesmo, pela publicidade, pela atividade privada. Agora, o estado deve ser parceiro disso. Agora não dá pra vender ilusão. O estado tem problemas gravíssimos. Temos um estado em que quase metade da população é pobre. A maior parte das pessoas aqui vivem de bolsa, de auxílio emergencial. Você tem mais pessoas na fila do auxílio emergencial do que com carteira assinada. Então, não dá pra vender ilusão que você vai ter um grande patrocínio do estado. O estado pode ser um parceiro do setor profissional, mas sem grandes ilusões. Não vamos enganar as pessoas.