No Acre, colono paga dívida de drogas do filho cedendo a própria colônia aos traficantes

Polícia descobre que a transferência do imóvel foi feita sob ameaças de morte e a justiça determina a prisão e o bloqueio das contas bancárias dos acusados

justiça determina a prisão e o bloqueio das contas bancárias dos acusados/Foto: reprodução

TIÃO MAIA

Uma dívida por aquisição e uso de droga por parte de um filho levou um colono de Manuel Urbano, município situado no Vale do Purus e distante 170 quilômetros da Capital Rio Branco, a quitar o débito com traficantes cedendo-lhe o único imóvel que possuía, uma colônia de 50 hectares, mediante ameaças de morte.

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Esta semana a Justiça resolveu agir e os acusados Osanã Teixeira de Souza e Marcos Fronteira foram presos preventivamente por ameaças, fraude, extorsão e estelionato, assim como também tiveram suas contas bancárias bloqueadas.

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A denúncia foi oferecida à Justiça pelo Ministério Público do Estado do Acre (MPAC), através do promotor de justiça substituto Aurê Ribeiro Neto. A juíza Ana Paula Sabóia decretou a prisão preventiva dos acusados e determinou o bloqueio de contas bancárias dos acusados ao constatar que era fraude o contrato de compra e venda do imóvel feito entre a vítima e os traficantes.

De acordo com a denúncia, o colono Francisco Nogueira de Aguiar vinha sendo jurado de morte por Marcos Fronteira em razão de dívida contraída no tráfico de drogas, por seu filho, cujo nome não foi revelado. A polícia obteve informações de que no cartório do tabelionato do município, o colono foi obrigado a assinar contrato de compra e venda do imóvel pelo valor de R$ 10 mil, importância que nunca recebeu, bem como transferir a titularidade da área, sob argumento que estava pagando a dívida do filho com o traficante. Sem a terra, ele, a esposa e mais três filhos precisaram pedir abrigo na casa da mãe.

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