Juruá Online
Apesar do período de chuvas intensas, comum entre os meses de janeiro e março na região do Vale do Juruá, o nível do rio que corta Cruzeiro do Sul permanece abaixo da cota de alerta. Atualmente, o Rio Juruá registra 6,86 m, um pouco acima do nível observado na mesma data no ano de 2024, mas ainda distante de condições preocupantes.
Segundo as previsões climáticas, até o dia 2 de fevereiro, a região deve receber 50 mm de chuva, uma quantidade considerada baixa para a época. Mesmo assim, a tendência é de que o volume de precipitações continue inferior à média climatológica, mantendo a estabilidade no nível do rio. “Nas cabeceiras do Rio Juruá, inclusive na fronteira com o Peru, a previsão também é de chuvas abaixo da média, reforçando a perspectiva de um cenário controlado nas próximas semanas”, explicou o comandante do Corpo de Bombeiros de Cruzeiro do Sul, Josadac Cavalcante.
Embora a situação esteja tranquila no momento, o monitoramento por parte do Corpo de Bombeiros, Defesa Civil Estadual e Municipal segue intensivo. Isso porque, em anos anteriores, enchentes chegaram a ser registradas até o mês de abril, quando já se inicia o chamado “verão amazônico”.
Com o nível do Rio Juruá ainda em condições favoráveis para navegação, há uma maior movimentação de embarcações de grande e pequeno porte, o que aumenta o risco de acidentes. Autoridades locais alertam para os perigos da sobrecarga em embarcações maiores, que podem provocar naufrágios, resultando em prejuízos materiais e riscos à vida humana.
Além disso, o período também favorece a navegação em igarapés mais sinuosos, que oferecem maior dificuldade de visibilidade e aumentam as chances de colisões. Para minimizar os riscos, o Corpo de Bombeiros orienta que pilotos e tripulações utilizem coletes salva-vidas e redobrem a atenção, especialmente em áreas de maior tráfego e visibilidade reduzida.
“É fundamental que todos os envolvidos sigam as recomendações de segurança e tenham cautela, evitando sobrecarga e respeitando os limites das embarcações”, reforçou o comandante.
Apesar da estabilidade no nível do rio, o cenário exige atenção contínua, tanto das autoridades quanto da população local, para que os meses chuvosos sejam atravessados sem incidentes graves.