Cezarinete preferiu abster-se das polêmicas e da confrontação pessoal e falou amplamente sobre os avanços da área jurídica nos últimos anos.
Por Gina Menezes
Em entrevista concedida à imprensa local na última sexta-feira (14), a desembargadora Cezarinete Angelim, vice-presidente do Tribunal de Justiça, que está no “olho do furacão”, a maior polêmica acreana do momento por conta de ter sido acusada pelo senador petista Aníbal Diniz de ser amargurada e mal resolvida, se negou a falar do assunto, não trocou acusações com o Executivo e deixou uma mensagem aos acreanos por conta da comemoração dos 50 anos do Tribunal de Justiça, afirmando que a Lei é para todos.
“A principal mensagem para o povo acreano nesses 50 anos de Tribunal é que não existe direito grande nem pequeno. A Justiça tem de ser uma só, seja para ricos ou pobres, brancos ou negros.”, disse.
Em sua mensagem aos acreanos, a desembargadora afirmou que ninguém está acima da Lei, não importa o cargo que ocupe ou o status social que possua.
“O Judiciário acreano tem atuado em todas essas décadas com isonomia,imparcialidade e independência, doa a quem doer, incomode a quem incomodar.Estamos do lado da Lei e da verdade, para elas que nos dedicamos. Espero quenos próximos 50 anos possamos distribuir Justiça em nosso Estado de modo mais célere e eficiente.”, declarou.
Cezarinete preferiu abster-se das polêmicas e da confrontação pessoal e falou amplamente sobre os avanços da área jurídica nos últimos anos.
“O Acre é vanguarda desde 2001 em matéria de conciliação. Também somos modelos para todo Brasil, com programas que implantamos, como o Justiça Volante, desde a década de 90. Justamente por termos sido pioneiros, penso que poderíamos ter avançado ainda mais nessa área, mas há questões orçamentárias e de estrutura que nos impedem, às vezes, de fazermos mais”, afirmou.
A desembargadora, que em momento algum revidou os ataques feitos a ela e à também magistrada Denise Bonfim, durante a entrevista parafraseou a ministra Carmém Lúcia, declarando-se escrava da Constituição.
“Como bem disse recentemente ministra Cármem Lúcia, “sou escrava da Constituição”; é a ela que me curvo todos os dias. Julgo com base nas leis do meu País e decido com fundamento na Justiça e na verdade”, declarou.
Com informações do A Gazeta.net