Navio de 500 anos é encontrado em estado perfeito de conservação

O NAVIO ESTAVA EM ÓTIMO ESTADO DE CONSERVAÇÃO: IMAGEM FOI FEITA VIRTUALMENTE A PARTIR DAS INFORMAÇÕES COLETADAS (FOTO: DIVULGAÇÃO)

Uma descoberta realizada no Mar Báltico, em região próxima à Suécia, fez os pesquisadores voltarem à era das Grande Navegações: um navio com idade estimada de quase 500 anos de idade foi encontrado a quase 120 metros de profundidade.De acordo com os especialistas, essa é a embarcação em melhor estado já encontrada do período histórico que culminou com a descoberta das Américas e tem características similares às naus que participaram da viagem de Cristovão Colombo em 1492, reforçando a ideia de que a tecnologia para construir embarcações estava florescendo entre os diferentes países europeus no final do século 15.

Com 16 metros de comprimento, o navio seria utilizado para o comércio e teria pertencido a um mercador sueco ou dinamarquês: ao inspecionar as características da embarcação, os pesquisadores afirmaram que ela foi construída entre os anos de 1490 e 1540. Ao realizar uma análise inicial, foi constatado que praticamente 99% do navio está com seus componentes intactos. Os mastros ainda estão em pé e é possível observar canhões em posições de combate.

Para realizar essa descoberta, robôs equipados com ferramentas de exploração conseguiram identificar a embarcação no fundo do mar e realizar os registros dos dados encontrados: posteriormente, essas informações foram convertidas em imagens. A equipe de pesquisadores afirma que o navio manteve um ótimo estado de conservação por conta dos baixos níveis de oxigênio existentes nas profundezas congelantes do Mar Báltico.

AS IMAGENS DIGITAIS SE BASEARAM COM O AUXÍLIO DE UM EQUIPAMENTO AUTÔNOMO QUE COLETOU OS DADOS (FOTO: DIVULGAÇÃO)

O trabalho de localização e investigação da relíquia histórica foi possível graças ao arqueólogo marítimo Rodrigo Pacheco-Ruiz, que trabalhou em conjunto com a empresa sueca MMT — especialista em pesquisas marítimas. A descoberta também contou com a colaboração de especialistas da Universidade de Southampton, do Reino Unido, e do Instituto de Södertörn, da Suécia.

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A equipe afirma que há algumas possibilidades para entender como o navio afundou. Provavelmente, ele sofreu um ataque durante a guerra sueca pela independência, que ocorreu entre 1521 e 1523. Também é possível que a embarcação tenha parado no fundo do mar após um conflito durante os eventos da guerra Russo-Sueca, entre 1554 e 1557.

Revista Galileu

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Da Redação