Na Bolívia, internautas querem ex-governador condenado a 15 anos como presidente em 2019

Leopoldo Fernandez, ex-governador de Pando/Bolívia- Foto: Alexandre Lima

O ex-governador de Pando (Bolívia), Leopoldo Fernandes, foi sentenciado pelo Tribunal de Justiça de La Paz a 15 anos de reclusão pelo processo conhecido como caso “massacre de Povenir”. A notícia teve forte repercussão nas redes sociais naquele país e também entre os perfis dos internautas das cidades de Epitaciolândia e Brasiléia, ambas localizadas no Acre.

Leopoldo recebeu o julgamento na última sexta-feira (10) depois de oito anos sem receber um julgamento conclusivo sobre o caso que repercutiu em toda a América Latina em que 13 camponeses morreram no confronto com a polícia. Desde 2013, após um problema delicado de saúde, o ex-governador recebeu prisão domiciliar.

Junto com o Leopoldo, outros acusados receberam penas menores, Herman Justiniano oito anos, Edwin Ventura nove anos e Marcelo Mejido, cinco anos. Toda a deliberação das autoridades judiciais durou mais de duas horas.

No instante que era julgado, formou-se nas redes sociais um movimento do grupo “Presos e Perseguidos Políticos da Bolívia” que “lançou” a candidatura do ex-governaodr como presidente do Estado Plurinacional da Bolívia em 2019.

A “campanha” foi amplamente apoiada por seguidores de Leopoldo, familiares e também de políticos de Pando. Alguns perfis até mudaram suas imagens de exibição para apoiar Leopoldo.

Em dezembro do ano passado, o atual presidente Evo Morales, cogitou que disputará o quarto mandato nas eleições de 2019, com o apoio de seu partido, o Movimento ao Socialismo (MAS), apesar do referendo que ter negou esta possibilidade em fevereiro passado.

Se vencer as eleições, o esquerdista Morales permanecerá no poder até 2025. Ele ganhou sua primeira eleição em 2005, com 54% dos votos, foi reeleito em 2009, com 64%, e voltou a se eleger em 2014, com 61%, sempre enfrentando uma oposição dividida. Segundo a pesquisa de opinião mais recente, Morales conta com 49% de popularidade, apesar de estar há 10 anos no poder.

Fonte: afolha

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Alexandre Lima