Um levantamento do Fórum Brasileiro de Segurança Pública coloca quatro municípios do Amazonas — Coari, Tabatinga, Iranduba e Rio Preto da Eva — entre os mais violentos da Amazônia Legal. As cidades registram índices elevados de homicídios e mortes violentas intencionais, cenário diretamente relacionado à atuação e expansão de facções criminosas.
Segundo o relatório, cada município ocupa posição estratégica dentro das rotas do tráfico de drogas na região, sendo alvo constante de disputas territoriais.
Transformou-se em um ponto-chave para o escoamento de drogas vindas do Peru e da Colômbia.
Antes referenciada pela produção de gás natural, hoje enfrenta forte escalada de violência ligada ao tráfico.
Localizada na tríplice fronteira (Brasil-Colômbia-Peru), é a principal porta de entrada de carregamentos de drogas para o país. Facções controlam a rota e disputam território na região.
Na Região Metropolitana de Manaus, funciona como reduto do Comando Vermelho, que recruta jovens e disputa áreas com o PCC. Tiros, emboscadas e confrontos entre facções são frequentes.
Registra aumento expressivo de execuções relacionadas ao tráfico e à expansão de grupos criminosos. A violência é agravada pela falta de políticas públicas e pela estrutura insuficiente de segurança.
Especialistas reforçam que a violência na região está ligada a fatores como:
Expansão das facções na Amazônia, aproveitando a geografia complexa.
Baixa presença do Estado em áreas rurais e fronteiriças.
Vulnerabilidade social, que favorece o aliciamento de jovens.
Rotas internacionais do tráfico, que tornam os municípios estratégicos para o crime.
O cenário, segundo o estudo, evidencia a necessidade de ações integradas entre governos estaduais, governo federal e países vizinhos, além de investimentos sociais e fortalecimento das instituições de segurança.