Mulher diz que foi impedida de entrar em hospital para visitar o pai por causa de vestido: ‘constrangida’

Sesacre informou que vai pedir imagens de câmeras de segurança e vai apurar ocorrido. Caso ocorreu no domingo (13), no Hospital do Idoso, em Rio Branco.

G1/Acre

Enfermeira diz que foi impedida de entrar em hospital para visitar o pai por causa de roupa considerada inapropriada (Foto: Reprodução/Facebook)

A enfermeira e advogada Aline Cordeiro relatou no perfil dela no Facebook o momento constrangedor que enfrentou na tarde do domingo (13). A mulher conta que foi até o Hospital do Idoso, em Rio Branco, para passar o Dia dos Pais ao lado do pai que está internado na unidade de saúde. Porém, Aline diz ter sido impedida de entrar por causa do vestido que foi considerado inadequado.

Ao G1, a Secretaria de Saúde do Acre (Sesacre) informou que foi publicada uma normativa sobre as regras de conduta que devem ser obedecidas por acompanhantes e visitantes. A medida, segundo o órgão, foi tomada devido a várias ocorrências registradas no Hospital das Clínicas como furtos, tentativas de homicídio, assédios, contaminações virais e bacteriológicas.

“Confesso ter me sentido constrangida, pois não tenho o hábito de andar com roupas inadequadas e tampouco lembro de algum dia ter sido impedida de adentrar em qualquer lugar público ou não por causa dos meus trajes”, lamentou Aline.

Entre as medidas que devem ser adotadas para que o visitante tenha acesso às enfermarias A, B, C e D estão a proibição de roupas consideradas inadequadas, alimentos e eletrônicos. As normas, segundo o órgão, seguem controle de infecção hospitalar, pois são apartamentos conjugados com quatro a cinco leitos e todos os pacientes estão em tratamento operatório e clínico.

“Não creio que a justificativa de evitar infecções seja plausível, pois para isso seria necessário o uso de equipamentos como gorro, máscara, avental, independente da roupa que o visitante estiver vestindo, o que não ocorre. Se a justificativa for evitar infecções, além do uso de Equipamentos de Proteção Individual (EPI’s) a orientação mínima seria a lavagem das mãos”, alega Aline.

Aline diz que se sentiu constrangida e que vestido não era inadequado (Foto: Reprodução/Facebook

No caso específico de Aline, a Saúde afirma que vai pedir imagens das câmeras de segurança no momento em que a mulher foi interceptada pelo servidor da empresa terceirizada que presta serviço de portaria na unidade. Caso fique comprovado que a roupa usada por Aline era a mesma que ela postou no Facebook, o funcionário deve ser punido.

“Tenho conhecimento suficiente para falar de infecções pois trabalhei na Saúde como enfermeira por mais de 15 anos. O que houve foi um claro desrespeito a mim e a meu pai que passa por um momento delicado ee stá debilitado por problemas de saúde. Tenho convicção de que minha roupa estava condigna e aceitável pelo padrão médio do que seria adequado pela sociedade”, finaliza.

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Publicado por
Alexandre Lima