O Ministério Público Federal (MPF) e a Polícia Federal (PF) realizaram, nesta semana, uma ação conjunta na Aldeia Aperoí, do povo indígena Puruborá, em Seringueiras (RO), para apurar denúncias de intimidação e ataques contra a comunidade. A visita foi conduzida pelo procurador da República Gabriel Ferreira, com apoio de agentes federais.
Durante a inspeção, a equipe vistoriou uma casa que havia sido abandonada por uma família indígena após casos de contaminação por agrotóxicos. O imóvel, situado entre duas lavouras de soja, teria sido incendiado de forma criminosa como tentativa de expulsar os moradores. Também foi examinada uma área utilizada pelos Puruborá para roçados.
Em relatório preliminar, o MPF ressaltou a vulnerabilidade do povo Puruborá, que enfrenta um processo de resgate de suas tradições, cultura e língua, além da luta pelo reconhecimento oficial de suas terras. O documento lembra ainda que a comunidade já sofreu episódios de violência, assimilação forçada e apagamento cultural.
A diligência integra o Inquérito Civil nº 1.31.001.000032/2024-59, que investiga danos provocados pelo uso irregular de agrotóxicos na região. O MPF informou que continuará acompanhando o caso e oferecendo apoio ao povo Puruborá.