MPAC solicita investigação policial para caso de incitação à violência por homofobia na internet

O Ministério Público do Estado do Acre (MPAC) solicitou à Polícia Civil do Estado do Acre a abertura de inquérito policial para apurar suposta prática de crime de incitação à violência e racismo, por razões de homofobia, na internet. O crime teria sido praticado por um ex-servidor temporário do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Em um post publicado na rede social Facebook, ele teria exibido um bastão de baiseball envolto em arame farpado com os dizeres “a cura gay existe”.

Publicação feita no facebook/Foto: reprodução

A solicitação foi feita por meio de ofício encaminhado ao secretário de Estado de Polícia Civil, Carlos Flávio Portela, pela coordenadora-geral do Centro de Atendimento à Vítima (CAV), do MP acreano, procuradora de Justiça Patrícia Rêgo, que tomou conhecimento do caso por meio de matérias divulgadas em sites de notícias locais.

No ofício, ela explica que o enquadramento no crime de racismo decorre da analogia conferida à Lei 7.716/1989, que define crimes de preconceito de raça ou de cor, tipificando como crime comportamentos discriminatórios e preconceituosos contra população LGBT, já que o mandado de criminalização contigo no artigo 5º da Constituição Federal abrange criminalização de condutas homofobias e transfóbicas.

“O caso deve ser tratado com prioridade e urgência, uma vez que se trata, em tese, de suposta prática de incitação ao crime e racismo, motivado por razões de homofobia, haja vista as supostas declarações públicas do indivíduo ofensivas à comunidade LGBT”, diz Patrícia Rêgo.

O CAV presta atendimento, no âmbito do MPAC, a pessoas vítimas de crimes sexuais com motivação homofóbica e a mulheres revitimadas de violência doméstica e familiar desde 2016.

Comentários

Compartilhar
Publicado por
Assessoria