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MPAC investiga esquema de procurações que estaria sendo usado para transações bancárias em contas de indígenas no Acre

Promotoria de Tarauacá apura suspeita de que moradores estariam fazendo transações em contas de indígenas de Jordão; servidor público é investigado

Segundo denúncia anônima, as vítimas estariam sendo induzidas a assinar documentos sem compreender totalmente suas implicações futuras. Foto: captada 

O Ministério Público do Acre (MPAC) instaurou uma investigação para apurar possíveis irregularidades no uso de procurações por moradores de Tarauacá. A suspeita é de que pessoas da cidade estejam realizando transações bancárias em contas de indígenas do município de Jordão, com indícios de que as vítimas estariam sendo induzidas a assinar documentos sem compreender totalmente suas implicações.

O caso está sendo tratado pela Promotoria de Justiça Cível de Tarauacá como “estelionato e outras fraudes” e foi formalizado no procedimento preparatório nº 06.2025.00000667-7, iniciado em 23 de outubro de 2025. O promotor Lucas Ferreira Bruno Iwakami, responsável pela apuração, tem como objetivo reunir informações para verificar se há uso indevido de autorizações ou algum tipo de favorecimento irregular.

Pontos principais da investigação:
  • Servidor público: Manoel Linhares Sombra, da prefeitura de Jordão, é investigado

  • Situação atual: encontra-se em licença-prêmio desde agosto

  • Questionamentos: MPAC quer entender funções exercidas antes do afastamento e motivos de residir em Tarauacá há quatro anos

  • Solicitações: promotoria requisitou histórico completo da atuação do servidor

A coleta de elementos probatórios será realizada por servidores da própria promotoria. Caso sejam confirmadas condutas irregulares, o MPAC poderá instaurar um inquérito civil ou ingressar com ação judicial contra os envolvidos.

O MPAC disponibilizou um canal de atendimento para receber denúncias e informações complementares sobre o caso. O contato deve ser realizado pelo e-mail da instituição: tarauaca@mpac.mp.br.

O caso expõe a vulnerabilidade de comunidades indígenas frente a possíveis esquemas de fraude financeira na região.

O objetivo do promotor Lucas Ferreira Bruno Iwakami, responsável pelo caso, é reunir informações e verificar se há uso indevido dessas autorizações ou algum tipo de favorecimento irregular. Foto: captada 

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Publicado por
Marcus José