MPAC e Morhan debatem medidas de atendimento às pessoas com hanseníase

Objetivo é fortalecer assistência em saúde e descentralizar atendimento.

O Ministério Público do Estado do Acre (MPAC) e o Movimento de Reintegração das Pessoas Atingidas pela Hanseníase (Morhan) promovem, nesta quinta e sexta-feira (3 e 4), seminário para debater medidas de atendimento às pessoas com hanseníase.

A atividade, que ocorre no auditório do Edifício-Sede do MP acreano, é coordenada pela 1ª Promotoria Especializada de Defesa da Saúde de Rio Branco e o Núcleo de Apoio e Atendimento Psicossocial (Natera), em parceria com o Morhan.

Durante dois dias de discussão, gestores e técnicos do estado e dos municípios, integrantes do Morhan, membros e servidores do MPAC, movimento social, conselhos, instituições religiosas e estudantes debatem o cenário atual da hanseníase no Brasil e no Acre. O objetivo é discutir ações de prevenção, diagnóstico e tratamento da doença com vistas ao processo de descentralização do atendimento na rede pública.

A procuradora de Justiça Gilcely Evangelista, coordenadora do Centro de Apoio Operacional de Defesa da Saúde, Pessoa Idosa e Pessoa com Deficiência, representou a procuradora-geral de Justiça na abertura do evento. Ela ressaltou a relevância da discussão e a articulação entre as instituições visando encontrar soluções conjuntas para o atendimento às pessoas acometidas por esta enfermidade no Acre.

“O Ministério Público abre suas portas para esse debate. A hanseníase é uma doença silenciosa que requer cuidado e atenção por parte do poder público. Infelizmente ainda se enfrenta o estigma e o preconceito na sociedade, por isso precisamos unir esforços entre as instituições para melhorar os serviços oferecidos”, disse a procuradora.

O Brasil ocupa a segunda posição em números de casos de hanseníase no mundo. No Acre, segundo informações do Morhan, existem atualmente em torno de três mil pessoas sequeladas ou com deficiências causadas pela doença.

O coordenador do Centro de Apoio Operacional de Defesa da Cidadania e Direitos Humanos, procurador de Justiça Sammy Barbosa, marcou presença no seminário. Compareceram ainda as deputadas estaduais Meire Serafim e Maria Antônia, secretários municipais de Saúde, secretários de Educação, vereadores, além da coordenadora da Área Técnica de Hanseníase do Ministério da Saúde, Carmelita Ribeiro, que apresentou dados sobre a incidência da doença.

Andréia Oliveira – Agência de Notícias do MPAC

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Agência de Notícias do MPAC