Acre

MP do Acre investiga atraso de 5 anos na construção de aterro sanitário em Sena Madureira

Município descumpriu TAC de 2019 e mantém lixão a céu aberto sem controle ambiental; promotoria instaurou inquérito civil para fiscalizar obras

Promotor Júlio César de Medeiros Silva, Sena Madureira já havia firmado, em julho de 2019, um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) que previa a apresentação do projeto do aterro. Foto: captada 

O Ministério Público do Estado do Acre instaurou um inquérito civil para fiscalizar a implantação do aterro sanitário em Sena Madureira e a desativação definitiva do lixão a céu aberto que ainda opera no município. A ação foi movida pela Promotoria de Justiça Cível local, sob responsabilidade do promotor Júlio César de Medeiros Silva.

De acordo com o MP, o município descumpriu sistematicamente as obrigações assumidas em um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) firmado em julho de 2019, que previa a apresentação do projeto do aterro e a indicação da área para sua instalação em até três meses. Mesmo com a previsão de multa diária por atraso, as etapas não foram cumpridas.

Durante fiscalização realizada em novembro de 2024, técnicos constataram que a área atual de despejo de resíduos não possui planejamento, manejo ou controle ambiental adequado. Entre as irregularidades identificadas estão a falta de impermeabilização do solo, ausência de sistemas de monitoramento de águas subterrâneas, presença de urubus, risco de proliferação de doenças e falta de atendimento médico contínuo aos moradores do entorno.

O inquérito também destacou a necessidade urgente de aquisição de caminhões compactadores, já que a coleta é feita atualmente com veículos abertos, o que provoca queda de resíduos pelas ruas e margens da BR-364.

Com a instauração do procedimento, o MP pretende reunir documentos e depoimentos para compelir o município a cumprir suas obrigações legais. A Promotoria também exigirá a divulgação permanente dos dias e horários da coleta de lixo nos bairros, medida considerada essencial para evitar acúmulo de resíduos na cidade.

A ação foi movida pela Promotoria de Justiça Cível local, sob responsabilidade do promotor Júlio César de Medeiros Silva.Foto: captada 

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Marcus José