Cotidiano
MP-AC aponta que PM bebeu cerveja antes de acidente que matou mulher e pede prisão
PM Alan Martins foi preso nesta sexta (31) e levado para o Bope, em Rio Branco. Investigações apontaram que militar bebeu antes de bater o carro na moto de Silvinha Pereira, no último dia 18.
Por Aline Nascimento
O policial militar envolvido no acidente de trânsito que matou Silvinha Pereira, no último dia 18, em Rio Branco, Alan Martins, foi preso preventivamente na sexta-feira (31).
A prisão do militar foi pedida pelo Ministério Público do Acre (MP-AC) e acatada pela Justiça acreana na noite desta quinta (30).
Em coletiva, na tarde desta sexta (31), o MP-AC revelou que pediu a prisão do militar por homicídio doloso, quando há intenção de matar. As investigações apontaram que Martins tinha consumido bebida alcoólica antes do acidente.
“Ele não foi submetido ao exame do bafômetro, mas, por meio de testemunhas, tivemos informação de que ele teria passado das 11h até às 16h em um bar e teria ingerido bebida alcoólica, cerca de 30 garrafas de cerveja”, falou a promotora de Justiça Vanessa Muniz.
Silvinha estava em uma motocicleta com o marido, José da Silva, quando foi atingida pelo carro do policial, na Estrada Dias Martins. O casal e o PM ficaram feridos e foram levados para o Hospital de Urgência e Emergência (Huerb), mas a mulher não resistiu e morreu.
Defesa
A reportagem, o advogado de Martins, Wellington Silva, afirmou que o policial nega que tenha bebido no dia do acidente. De acordo com ele, o PM passou sim o dia no local, que seria um restaurante com algumas pessoas que beberam.
“Em nenhum momento ele negou que estaria no local. Ele fez uma refeição, não é um bar, é um restaurante. Se ele fez o uso de bebida alcoólica nunca foi questionado a ele, não teve a oportunidade, mas é bem verdade que lá outras pessoas fizeram o uso. Ele nega que fez (bebido), até porque vinha de uma instrução, está em um curso de formação de sargento e estava uniformizado”, frisou.
Ainda segundo Silva, o policial poderia responder o processo em liberdade sem prejudicar o andamento das investigações, já que não se negou a prestar esclarecimentos sobre o caso. Para ele, o MP quer apenas dar uma resposta para sociedade sobre os fatos.
“Só que a sociedade não julga ninguém, não é papel da sociedade exercer a função de juiz ou promotor. Do ponto de vista técnico, segundo o Código Penal, a prisão se dá quando ela é adequada e necessária, nesse caso ele em nenhum momento impediu o andamento do inquérito. A defesa vai aguardar o inquérito ser concluído e, ao final, fazer o pedido de revogação e habeas corpus e lutar pela liberdade dele”, argumentou.
Investigações
Durante a coletiva, o Grupo Especial de Atuação para Controle Externo da Atividade Policial do MP-AC, responsável pelo processo, falou que as investigações do MP estão encerradas faltando apenas ouvir o policial. O militar foi preso pela Corregedoria da Polícia Militar e levado para o Batalhão de Operações Especiais (Bope).
A promotora de Justiça Maria Fátima Ribeiro explicou que a equipe começou as investigações dois dias após a batida. A promotora complementou que a investigação do MP é independente dos processos feitos pelas Polícias Civil e Militar.
“Esse é um caso em que a sociedade de Rio Branco clama por justiça, levantamos dados da circunstância do acidente com imagens, documentos da Polícia Militar, encontramos apoio do comando-geral, do secretário de Segurança Pública, que nos repassou os documentos dos bancos de dados”, ressaltou.
Ainda segundo Maria Fátima, o MP vai oferecer denúncia contra o militar por homicídio doloso e tentativa de homicídio, já que o marido de Silvinha, José da Silva, ficou gravemente ferido. A denúncia será feita em uma vara de júri do Tribunal de Justiça do Acre (TJ-AC).
“Existe o entediamento dominante de que quem faz uso de bebida alcoólica e dirige está assumindo o risco de cometer um homicídio. Então, entendemos que, nesse sentido, o investigado cometeu um homicídio consumido e uma tentativa de homicídio contra o José”, concluiu.
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Ramón Díaz e Emiliano Díaz deixam o Vasco
Clube emite comunicado com saída da comissão técnica depois da derrota em casa
G1.com
Ramón Díaz não é mais o técnico do Vasco. Ele e o filho Emiliano Díaz deixaram o clube depois da goleada sofrida para o Criciúma por 4 a 0, na tarde deste sábado, em São Januário, pelo Campeonato Brasileiro. Rafael Paiva, técnico do sub-20, vai comandar a equipe interinamente até um novo treinador ser anunciado.
O Vasco da Gama informa que imediatamente após a partida Ramón Díaz e Emiliano Díaz não fazem mais parte da comissão técnica. Rafael Paiva, técnico da equipe sub-20, assume interinamente.
— diz o comunicado do Vasco
Nenhum jogador do Vasco falou na saída do gramado. Com a demissão de Ramón Díaz, o time também cancelou a coletiva de imprensa de pós-jogo e a zona mista com os atletas.
Ramón Díaz chegou ao Vasco em julho de 2023 junto com o filho, Emiliano Díaz. No ano passado, o técnico ajudou o time a escapar do rebaixamento para a Série B. Este ano, amargou a eliminação para o Nova Iguaçu na semifinal do Carioca.
Ao todo, Ramón Díaz comandou o Vasco em 41 jogos, de 11 de julho 2023 a 27 de abril 2024, com 15 vitórias, 11 empates e 13 derrotas. O aproveitamento foi de 50%. Os dois primeiros jogos do Vasco no Campeonato Carioca deste ano não entraram nos números, pois Ramón estava com o time principal no Uruguai.
Com a goleada sofrida para o Criciúma, o Vasco segue com três pontos em quatro jogos disputados no Campeonato Brasileiro. Neste momento, o time está em 16º, mas ainda pode entrar na zona de rebaixamento até o fim da rodada caso Vitória ou Corinthians vençam.
O próximo jogo do Vasco pelo Brasileirão acontece no dia 5 de maio, contra o Athletico-PR, em Curitiba. Antes disso, porém, o time enfrenta o Fortaleza, pelo jogo de ida da terceira fase da Copa do Brasil, no Castelão.