Cotidiano

Motorista envolvido em acidente na Via Verde com dois mortos ainda não prestou depoimento, diz polícia

Polícia Civil confirmou que até esta segunda-feira (21) Talysson Duarte ainda não se apresentou. Acidente tirou a vida de Macio Pinheiro da Silva e Carpegiane Freitas Lopes

Talysson Duarte é apontado como o condutor da caminhonete que invadiu a pista contrária atingindo três motocicletas no AC. Foto: Arquivo pessoal

O motorista da caminhonete que invadiu a pista contrária atingindo três motocicletas na última quinta-feira (17), identificado como Talysson Duarte, ainda não prestou depoimento à polícia. A Polícia Civil confirmou que até esta segunda-feira (21) o homem ainda não se apresentou.

A assessoria de imprensa da Polícia Civil não soube informar ainda se Talysson foi intimado a prestar depoimento.

A Polícia Rodoviária Federal do Acre (PRF-AC) informou que os procedimentos no local do acidente foram feitos e caso foi encaminhado à Polícia Civil.

“No que diz respeito a isso, a PRF fez a sua parte. Colheu todos os dados do condutor, fez o teste, está confeccionando o laudo de acidente, fez o boletim de ocorrência e apresentou esse último na delegacia de Policia Civil. A persecução criminal não está prejudicada. Oficialmente, a PRF não tem mais o que fazer”, afirmaram.

O acidente ocorreu na tarde da última quinta-feira (17) no km 132, na Via Verde, próximo a 3ª Ponte de Rio Branco. Macio Pinheiro da Silva, de 45 anos, morreu no local da batida. Nesse domingo (20) Carpegiane Freitas Lopes também não resistiu e morreu na UTI do pronto-socorro.

Os dois homens eram funcionários da Empresa de Vigilância VIP. A família pediu justiça durante o velório neste segunda.

Fábio Farias de Lima, também funcionário da VIP, segue internado após sofrer diversas fraturas. A quarta é Raiane Xavier, que já recebeu alta e está em casa se recuperando

Carpegiane de Freitas Lopes morreu nesse domingo (20). Foto: Arquivo pessoal

Motorista foi liberado

No dia do acidente, a PRF foi chamada, isolou a área e acionou a perícia e o Instituto Médico Legal (IML).

À Rede Amazônica Acre, a equipe policial que estava na ocorrência informou que retirou o motorista do local com medo de represálias, mas que ele seria apresentado na Delegacia de Flagrantes (Defla) para depoimento e demais procedimentos.

Ainda no local do acidente, a PRF disse que pegou os dados do motorista e o depoimento, porém, por conta da comoção e do baixo efetivo, ‘permitiu que Talysson deixasse o local’. Com isso, o motorista não foi apresentado na delegacia no dia do acidente, sendo liberado.

Após o acidente, a PRF alegou que o motorista suspeito de atingi-lo e outros dois motociclistas foi liberado por possível risco à sua integridade por conta da revolta no local.

Conforme a PRF, o motorista fez o teste do bafômetro, que deu negativo, apresentou a documentação necessária e foi liberado pela polícia por medo de represálias de conhecidos das vítimas. A corporação contestou ainda a alegação de que o suspeito foi protegido por supostamente ser integrante de forças de segurança.

Carro ficou parado às margens da rodovia. Foto: Lucas Thadeu/Rede Amazônica Acre

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Publicado por
G1 Acre