Acre

Morador de Cobija alerta sobre crise na fronteira com o Acre após bloqueio de cartões bolivianos

Cidadão pede intervenção das autoridades contra taxa de câmbio abusiva e preços altos, já que 90% dos produtos consumidos em Pando vêm do exterior

Com os preços de alimentos e itens básicos já elevados, a restrição financeira e a desvalorização cambial estão prejudicando ainda mais a economia das famílias de Cobija. Foto: captada 

Um morador de Cobija, capital do Departamento do Pando (Bolívia), manifestou publicamente nesta sexta-feira (19) sua preocupação com a desativação dos cartões de débito de bancos bolivianos no Brasil. O bloqueio impede que os cidadãos vizinhos façam compras no lado brasileiro utilizando a taxa de câmbio oficial, atualmente fixada em 1 real = 2,30 bolivianos na fronteira com o Acre.

O cidadão, que não foi identificado, fez um apelo urgente às autoridades departamentais e nacionais da Bolívia para que negociem a reativação dessa modalidade de pagamento. Ele destacou que, sem acesso ao câmbio oficial, a população é obrigada a recorrer ao mercado paralelo, onde a cotação é significativamente mais alta.

O cidadão morador de Cobija fez um apelo urgente às autoridades departamentais e nacionais da Bolívia para que negociem a reativação dessa modalidade de pagamento. foto: captada 

A situação se agrava porque Cobija — e praticamente todo o Pando — depende de produtos importados, especialmente do Brasil.

“Quase tudo o que consumimos aqui vem de fora, pois a região não produz”, explicou.

Com os preços de alimentos e itens básicos já elevados, a restrição financeira e a desvalorização cambial estão prejudicando ainda mais a economia das famílias locais.

Ele destacou que, sem acesso ao câmbio oficial, a população é obrigada a recorrer ao mercado paralelo. Foto: captada 

Até o momento, não há posicionamento oficial do governo boliviano ou das instituições financeiras sobre o bloqueio dos cartões ou possíveis medidas para aliviar o impacto na fronteira.

Veja vídeo com TVU Pando:
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Publicado por
Marcus José