Crime ocorreu no bairro Belo Jardim 2 e está relacionado à guerra entre facções, aponta polícia
Na noite desta quinta-feira (23), Charles da Silva Feitosa, de 33 anos, monitorado por tornozeleira eletrônica, e um adolescente de 16 anos, identificado pelas iniciais I.A.S., foram alvos de uma dupla tentativa de homicídio na Rua da Paz, bairro Belo Jardim 2, em Rio Branco.
De acordo com testemunhas, as vítimas caminhavam em via pública quando foram surpreendidas por vários criminosos que desceram de um veículo Ford Ka, de cor prata. Armados, os suspeitos abriram fogo, obrigando as vítimas a correr em direções diferentes.
Charles foi atingido por um disparo no joelho direito e outro na perna esquerda, resultando em uma fratura exposta no fêmur. Ele conseguiu buscar abrigo em uma residência próxima e foi socorrido por moradores, que o levaram à Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Segundo Distrito.
O adolescente, em pânico, tentou fugir pela rua, mas foi perseguido por um dos criminosos, que continuou disparando. Ele caiu em frente a uma igreja evangélica, momento em que um tiro, que poderia ter sido fatal, atingiu o carro de um pastor estacionado no local.
Segundo relatos, o atirador se aproximou para finalizar a vítima, mas desistiu ao perceber que membros da igreja acompanhavam a cena. Apesar disso, o adolescente já estava gravemente ferido, com um tiro no abdômen e outro na coxa.
Após o ataque, os suspeitos retornaram ao veículo e fugiram.
Resgate e estado de saúde
Populares acionaram a Polícia Militar e o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). O adolescente recebeu os primeiros socorros no local e foi levado ao pronto-socorro de Rio Branco em estado grave, sendo encaminhado diretamente ao centro cirúrgico.
Charles, após ser estabilizado na UPA, também foi transferido para o pronto-socorro, onde deve passar por exames para avaliar a necessidade de cirurgia, já que os projéteis ficaram alojados em seu corpo.
Investigações em andamento
Policiais militares do 2º Batalhão foram à UPA para coletar informações e realizaram buscas pela região, mas nenhum suspeito foi localizado. Segundo a polícia, a motivação do crime está ligada a disputas entre facções criminosas.
Agentes da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) e da Equipe de Pronto Emprego (EPE) também compareceram ao local e deram início às investigações. O caso segue em apuração pela DHPP.