Diego Passo, de 27 anos, segue preso por decisão judicial; MP recomenda manter detenção temporária enquanto apurações avançam
O Ministério Público do Acre (MPAC) se manifestou de forma contrária ao pedido de revogação da prisão temporária de Diego Passo, de 27 anos, motorista acusado de atropelar e matar a servidora do Tribunal de Justiça do Acre (TJAC), Juliana Marçal. O crime ocorreu na madrugada do último dia 21, no bairro Isaura Parente, em Rio Branco.
O parecer foi emitido pelo promotor de Justiça Teotônio Rodrigues, após solicitação do juiz da 2ª Vara do Tribunal do Júri e Auditoria Militar, Alesson Braz. A manifestação do MP foi em resposta ao pedido apresentado pelo advogado de defesa, Felipe Munoz, que requer a revogação do mandado de prisão expedido no último dia 22, pelo juiz Robson Aleixo, da Vara das Garantias.
Com a posição do Ministério Público, caberá agora ao juiz Alesson Braz decidir se acata o pedido da defesa ou mantém a prisão temporária de Diego Passo. A decisão deve ser anunciada até a próxima terça-feira, 1º de julho.
O caso vem sendo investigado pela Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), que apura as circunstâncias do atropelamento ocorrido após uma briga generalizada entre advogados – alguns ligados à presidência da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB/AC) – e um grupo identificado como “agroboy”.
A partir da próxima segunda-feira (30), a Polícia Civil iniciará a oitiva das pessoas envolvidas na confusão. Também estão sendo analisados os conteúdos dos aparelhos celulares apreendidos durante a operação que resultou na prisão do motorista, por determinação judicial.
A vítima, Juliana Marçal, atuava como assessora jurídica no TJAC e teve a morte registrada por câmeras de segurança, que mostram o momento do atropelamento. A investigação considera a hipótese de homicídio doloso (com intenção), e o inquérito segue sob sigilo.