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Mercosul anuncia entrada da Bolívia no bloco econômico; entenda o que muda

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A partir da ratificação, o país ainda terá um prazo de quatro anos para concluir o processo de adesão e adotar as normas do bloco

O Mercosul — grupo formado inicialmente por Brasil, Uruguai, Paraguai e Argentina — anunciou a entrada da Bolívia no bloco econômico durante a cúpula realizada no Rio de Janeiro nesta quinta-feira (7). A agenda contou com a participação dos presidentes dos países e outras autoridades.

No fim de novembro, o Senado aprovou a entrada. O projeto de decreto legislativo já havia passado pela Câmara dos Deputados e agora será promulgado. O processo de adesão corria desde 2015, e apenas o Brasil não havia decidido o assunto. Os Parlamentos dos outros países-membros (Argentina, Uruguai e Paraguai) já tinham concordado com a inclusão.

Confirmado o ingresso da Bolívia, o Mercosul passará a ser um bloco com 300 milhões de habitantes, uma extensão territorial de 13,8 milhões de km² e um Produto Interno Bruto (PIB) total de US$ 3,5 trilhões. A partir da ratificação, o país ainda terá um prazo de quatro anos para concluir o processo de adesão e adotar as normas do bloco.

Atualmente, a Bolívia tem um vínculo de associação ao grupo, assim como Chile, Colômbia, Equador, Peru, Guiana e Suriname. Isso significa que esses países não integram plenamente o Mercosul, mas podem formalizar acordos de livre comércio com seus membros e participar de encontros do bloco.

“Com a integração da Bolívia, nós estamos efetivamente nos aproximanando de realizar o sonho da integração entre Atlântico e Pacífico. Vai ser apresentado aos ministros de Planejamento de todos os países. Vamos ter uma boa quantia de dinheiro para poder cumprir esse sonho da nossa integração física”, afirmou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Desde que foi criado, o Mercosul fechou três acordos com países de fora da região sul-americana: Israel (2007), Egito (2010) e Palestina (2011). De acordo com o Ministério das Relações Exteriores, o bloco fechou acordos de preferência com a Índia e países do sul da África que formam a União Aduaneira da África Austral — África do Sul, Lesoto, Namíbia, Suazilândia e Botswana.

Se fosse um país, o Mercosul seria a oitava economia do mundo, com um PIB de US$ 2,86 trilhões, cerca de R$ 14,3 trilhões. O bloco é o principal destino de investimentos estrangeiros na América do Sul — em 2022, recebeu 64% do que foi remetido à região.

Em 2017, a Venezuela, de Nicolás Maduro, foi suspensa do bloco pelo não cumprimento de 112 resoluções exigidas de qualquer membro que ingressasse no Mercosul. A reinserção do país no grupo sul-americano não será debatida oficialmente na cúpula, mas o Brasil de Lula é a favor da medida.

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Mega-Sena sorteia nesta quinta-feira prêmio acumulado em R$ 40 milhões

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As seis dezenas do concurso 2.722 da Mega-Sena serão sorteadas, a partir das 20h (horário de Brasília), no Espaço da Sorte, localizado na Avenida Paulista, nº 750, em São Paulo.

O sorteio terá transmissão ao vivo pelo canal da Caixa no YouTube e no Facebook das Loterias Caixa. O prêmio está acumulado em R$ 40 milhões.

As apostas podem ser feitas até as 19h (horário de Brasília), nas casas lotéricas credenciadas pela Caixa, em todo o país ou pela internet.

O jogo simples, com seis números marcados, custa R$ 5.

Fonte: EBC GERAL

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Eletronuclear: combustível usado não é rejeito e pode ser reciclado

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O presidente da Eletronuclear, Raul Lycurgo, disse que é necessário desmistificar a questão dos rejeitos nucleares e dos combustíveis nucleares usados. “O combustível nuclear usado não é rejeito. Ele é guardado pela Eletronuclear dentro da Central Nuclear Almirante Álvaro Alberto (CNAAA) porque, no futuro, pode ser reciclado. Na reciclagem, o que vai sobrar é em torno de 5% do volume, ou seja, muito pouco”.

Nos Estados Unidos, que têm quase 100 usinas nucleares, o combustível nuclear utilizado em cerca de 80 anos ocupa um campo de 50 por 100 metros, a uma altura de dez metros. “Tão pouco que é”, afirmou Lycurgo à Agência Brasil. Assim como o Brasil, os Estados Unidos não reciclam combustível nuclear. Guardam para reciclar no futuro próximo. Alguns países, entre eles o Japão e a França, já fazem isso.

Com relação aos rejeitos, eles são guardados na própria Central Nuclear, dentro de prédios, de maneira protegida. Lycurgo destacou que o projeto Centena, de responsabilidade da Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN), visa a projetar, construir e comissionar um centro tecnológico que, além de armazenar definitivamente os rejeitos radioativos, vai contar com edificações de apoio operacional e instalações para pesquisa e desenvolvimento tecnológico.

Ele lembrou que a Eletronuclear produz rejeitos, bem como hospitais e clínicas radiológicas. “A própria Indústrias Nucleares do Brasil (INB) também produz. Por isso, a obrigação é da CNEN, que vai criar um repositório definitivo para esses rejeitos. A comissão ainda está definindo o local dessas instalações. Enquanto isso não ocorre, todos os rejeitos nucleares produzidos, bem como o combustível nuclear usado são mantidos na central, totalmente controlados, com monitoramento 24 horas por dia, enviando informações inclusive para órgãos externos, como a Agência Internacional de Energia Nuclear (IAEA, a sigla em inglês)”.

Transferência

No último dia 6, a Eletronuclear iniciou a segunda campanha de transferência de elementos combustíveis utilizados por Angra 1 e 2 para a Unidade de Armazenamento Complementar a Seco de Combustível Irradiado (UAS), localizada dentro da Central Nuclear Almirante Álvaro Alberto (CNAAA).

Na primeira fase, que começou em 26 de abril e deverá terminar em 30 de setembro, serão transferidos apenas os elementos de Angra 2. A movimentação dos combustíveis de Angra 1 para a UAS ocorrerá em 2025 e em 2026, na segunda fase, quando será concluída a atual campanha. De acordo com a estatal, os trabalhos não afetam o funcionamento da unidade, que segue operando com capacidade máxima e conectada ao Sistema Interligado Nacional (SIN).

Atualmente, os combustíveis nucleares usados pelas usinas ocupam 15 tonéis gigantes de três metros por seis metros de altura. Raul Lycurgo explicou que cada três tonéis produzem um ano de energia da iluminação pública no país, se os combustíveis forem reciclados. Com a reciclagem, os combustíveis podem ser reutilizados.

Substituição

Lycurgo afirmou ainda que usinas nucleares têm espaço para aumentar no Brasil, substituindo usinas térmicas que usam carvão e são extremamente poluidoras. Isso, entretanto, é para o futuro. Destacou que a descarbonização da indústria vai nesse sentido, envolvendo, em especial, as siderúrgicas, que teriam seus próprios reatores modulares pequenos (SMR, a sigla em inglês), de 300 megawatts (MW) de potência, equivalente à metade da usina Angra 1, cuja capacidade de geração é de 640 MW.

Segundo o presidente da Eletronuclear, a janela de oportunidades para a energia nuclear está aberta. “A gente não pode deixar passar, porque o mundo não produz energia como o Brasil”. Para ele, é preciso reverberar para o mundo que o Brasil tem a matriz elétrica mais limpa do mundo, com energia hidrelétrica, fotovoltaica e eólica muito pujantes. “O mundo não tem isso; tem carvão, diesel, que são fontes poluidoras. E chegou à conclusão que já poluiu demais a atmosfera”.

Caso esse cenário continue, com a produção de energia elétrica à base de carvão principalmente, o mundo vai chegar a 2050 sem que a meta de emissão de gases de efeito estufa seja atingida. “É tudo muito insuficiente para atingir a meta”. Raul Lycurgo disse que o Brasil já fez a parte dele. “Só que poluição, gás carbônico, monóxido de carbono não têm passaporte. Por isso, acrescentou, todos os países têm que fazer a tarefa juntos.

Na Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas de 2023, realizada em Dubai, nos Emirados Árabes, foi decidido que os investimentos em energia nuclear serão triplicados, para substituir a geração de energia a carvão e a óleo diesel.

Sem perigo

Lycurgo desmistificou que energia nuclear é poluente e perigosa. “Muito pelo contrário. A nuclear não gera gases de efeito estufa, é segura e não é poluente”. Após a reciclagem, a quantidade que fica de rejeitos e de combustível nuclear é muito pequena e pode ser acondicionada de maneira segura pela eternidade, garantiu. Na França, quase 80% da energia são de origem nuclear.

Ressaltou que as usinas nucleares que serão construídas no mundo precisarão de urânio e o Brasil tem uma das maiores reservas conhecidas. Comentou, por outro lado, que a análise do solo, que ainda não foi feita, pode aumentar muito as reservas brasileiras. De acordo com o Serviço Geológico do Brasil (antigo CPRM), o país detém a oitava maior reserva de urânio do mundo, com cerca de 280 mil toneladas. No entanto, existe potencial para estar entre as cinco maiores reservas globais, assegurou Lycurgo, porque não foram feitas pesquisas ainda em profundidade.

Com o mundo migrando para essa modalidade de energia, vai ser necessário combustível nuclear que o Brasil possui e de cujo processo de enriquecimento tem conhecimento, junto com um seleto grupo de países. “Nós podemos ser o fornecedor de combustível nuclear do mundo, gerando trabalho, riqueza e renda para os brasileiros, Não podemos deixar passar uma oportunidade como essa. O urânio está no nosso solo. Basta escavar para encontrar urânio lá. Após ser enriquecido, ele se torna um combustível nuclear”.

Segundo o presidente da Eletronuclear, chega de o Brasil ser exportador de commodities (produtos agrícolas e minerais comercializados no exterior) brutas. O país pode passar a exportar conhecimento, tecnologia e combustível nuclear, com alto valor agregado. Lycurgo destacou que no ambiente de energia nuclear, as oportunidades passam de maneira muito rápida, porque o mundo está caminhando para essa realidade. “Estamos falando em dez ou 15 anos de investimento forte. Se você não tiver a sua base industrial pronta, alguém vai aprontar e, aí, o Brasil pode perder espaço”, alertou.

Fonte: EBC GERAL

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Uma arma escondida… dois tiros: O que se sabe sobre as mortes do ‘falso médico’ e de sua esposa?

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“falso médico” foi enviado para Palmasola. Onze dias depois, ele acabou com sua vida. Os juízes do Chile e do Brasil também o procuravam. Na Bolívia, ele foi acusado da morte de dois de seus pacientes fraudados. E, aparentemente, o caso dele será arquivado.

O “falso médico” foi enviado para Palmasola. Onze dias depois, ele acabou com sua vida. a Bolívia, o falso medico foi acusado da morte de dois de seus pacientes fraudados. E, aparentemente, o caso dele será arquivado.

Com Omar Pereyra

As investigações preliminares, anunciadas pelo comandante departamental de Santa Cruz, Érick Holguín, indicam que o chileno, alvo de cinquenta vítimas por praticar medicina sem um diploma que a sustentasse e deixando-as com consequências, sofria de doença renal.

Confiança excessiva. Erro processual. Dois policiais na mira. Christian Emilio Gosen e sua esposa foram encontrados mortos em um centro de hemodiálise. O chamado “falso médico” tirou a própria vida e a da esposa com arma de fogo. O que aconteceu na noite da última terça-feira, dia 7.

As investigações preliminares, anunciadas pelo comandante departamental de Santa Cruz, Érick Holguín, indicam que o chileno, alvo de cinquenta vítimas por praticar medicina sem um diploma que a sustentasse e deixando-as com consequências, sofria de doença renal.

Por isso, comparecia três vezes por semana a um centro de hemodiálise da capital oriental, para o qual tinha autorização judicial para sair da penitenciária de Palmasola, sendo monitorizado por dois agentes policiais. Em nenhuma de suas saídas ele apresentou comportamento suspeito.

Isso lhe permitiu ganhar a confiança de seus guardiães, razão pela qual ele pôde até conhecer sua parceira, Bathsheba Choque Gosen. Ela também era investigada no processo aberto pelo Ministério Público, por uso de instrumento falsificado, exercício ilegal de profissão e falsidade material e ideológica.

Christian Emilio Gosen e sua esposa foram encontrados mortos em um centro de hemodiálise. O chamado “falso médico” tirou a própria vida e a da esposa com arma de fogo.

Falso médico Christian Emilio Gosen e sua esposa foram encontrados mortos em um centro de hemodiálise. O chamado “falso médico” tirou a própria vida e a da esposa com arma de fogo.

‘Falso médico’

Na noite de terça-feira, Gosen foi libertado da prisão para tratamento. O falso gastroenterologista encontrou sua esposa no posto de saúde. Segundo as investigações, os policiais responsáveis ​​por seu atendimento não revistaram a mulher, que havia levado arma de fogo para a consulta naquele dia.

“É um erro processual, pois quem vai ter contato com um preso (de liberdade), seja para estudo médico ou diálise, deverá ser revistado para evitar que ocorra qualquer tipo de evento”, disse o Comandante Holguín. , em conferência de imprensa.

Assim, com a arma à disposição, falso Gosen após o término da hemodiálise, o casal pediu para ir ao banheiro. E de repente dois tiros foram ouvidos. Segundo as investigações, o “falso médico” atirou na esposa e posteriormente suicidou-se. Um homicídio e um suicídio.

Foi feita uma tentativa de salvar a esposa gravemente ferida, mas ela morreu a caminho do hospital. “Foram encontrados projéteis no chão, uma caixa com as munições que a mulher teria levado (…) e quem atirou duas vezes foi o cidadão chileno, primeiro contra sua esposa e depois contra ele que tirou a própria vida”.

Agora, os policiais que acompanharam Gosen estão em apuros. “Serão solicitados os relatórios correspondentes. Será aberto um processo administrativo para estabelecer responsabilidades pelo descumprimento de seu trabalho”, destacou Holguín. Desta forma, as investigações continuam.

No dia 26 de abril, o “falso médico” foi enviado para penitenciaria Palmasola. Onze dias depois, ele acabou com sua vida. Os juízes do Chile e do Brasil também o procuravam. Na Bolívia, ele foi acusado da morte de dois de seus pacientes fraudados. E, aparentemente, o caso dele será arquivado.

Os policiais que acompanharam Gosen estão em apuros. “Serão solicitados os relatórios correspondentes. Será aberto um processo administrativo para estabelecer responsabilidades pelo descumprimento de seu trabalho”. Foto: arquivo

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