Médico é condenado a 19 anos de prisão por estupro e importunação sexual de pacientes em Manaus

Crimes ocorreram entre 2016 e 2018 em unidades de saúde públicas e privadas; sentença destaca abuso de confiança e provas consistentes.

O Tribunal de Justiça do Amazonas (TJAM) condenou um médico a 19 anos de prisão pelos crimes de estupro e importunação sexual cometidos contra pacientes durante atendimentos médicos em Manaus, entre os anos de 2016 e 2018. A decisão da 7ª Vara Criminal da Comarca de Manaus foi divulgada nesta quinta-feira (24). O nome do réu não foi revelado.

A condenação envolve dois processos distintos. No primeiro, o médico foi sentenciado a 12 anos de prisão por estuprar duas pacientes, em ocorrências registradas em uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) na zona Centro-Oeste e em um hospital particular na zona Sul da capital. De acordo com o Ministério Público, os abusos aconteceram nos consultórios, com uso de força física.

No segundo processo, o réu foi condenado a mais sete anos de reclusão — seis anos por estupro de uma paciente e um ano por importunação sexual contra outra mulher. Outros dois casos investigados não resultaram em condenação por insuficiência de provas.

Na sentença, o juiz Charles José Fernandes da Cruz destacou que o médico utilizava sua posição como plantonista para cometer os crimes em ambientes hospitalares, aproveitando-se da confiança e da vulnerabilidade das vítimas. Entre as evidências que embasaram a condenação estão prontuários médicos, depoimentos e registros de denúncia.

O médico negou todas as acusações, mas suas alegações foram rejeitadas pela Justiça diante do conjunto probatório considerado robusto.

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Da Redação