Médica chama polícia após flagrar homem sem CRM em hospital no interior do AC

Homem foi levado a delegacia e disse que se formou na Bolívia, mas não tem CRM. Saúde e CRM acompanham o caso.

Ao chegar no local, a polícia foi informada que o suspeito tinha sido convidado pelo médico responsável pelo procedimento.

Por Aline Nascimento, G1 AC — Rio Branco

Um homem foi levado para delegacia de Feijó, interior do Acre, após ser flagrado dentro do centro cirúrgico do hospital da cidade. Segundo a polícia, ele não tem CRM e ajudava em uma cesariana a pedido de um médico da unidade.

A denúncia foi feita por uma médica do hospital, que flagrou a situação. O caso ocorreu no último dia 13. O médico que teria feito o convite também foi levado para delegacia. Os dois foram liberados.

Em nota, a Secretaria de Saúde do Acre (Sesacre) afirmou que instaurou um processo administrativo, juntamente com o Conselho Regional de Medicina (CRM) para apurar as irregularidade. A Polícia Civil também investiga o caso.

Denúncia

A Polícia Militar do Acre (PM-AC) relatou que a médica chamou a equipe após encontrar o homem, que não tem CRM e nem trabalha no hospital, dentro do centro cirúrgico ajudando em uma cesariana. Ao chegar no local, a polícia foi informada que o suspeito tinha sido convidado pelo médico responsável pelo procedimento.

A reportagem, o delegado Valdinei Soares, responsável pela delegacia de Feijó, contou que as informações repassadas até o momento são de que suspeito seria formado na Bolívia, mas não tem autorização para atuar no Brasil.

“Ainda vou ouvir as pessoas, mas a princípio é isso mesmo. Foram liberados com o compromisso de comparecer em data futura a respeito dos fatos”, reforçou.

Soares disse que o homem pode responder por exercício ilegal da medicina. Sobre o médico que estava com o suspeito, o delegado afirmou que ele pode responder administrativamente.

“Não sei se é da cidade. O médico está levando ele para consultórios para pegar a prática da medicina. Ainda vou ver o enquadramento dele no caso, mas sei que o outro vai responder por exercício ilegal da medicina”, concluiu.

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G1 Acre