MDB oficializa entrada na base de Gladson e diz que deputados na Aleac vão ajudar a emitir ‘atestado de idoneidade do governo’ na CPI

O anúncio foi feito pelo deputado federal Flaviano Melo, presidente do partido no Acre, e o senador Marcio Bittar.

Líderes do MDB no Acre se reuniram na sede do Partido no começo da tarde desta quinta-feira (6) para ratificarem o apoio ao governo do Estado e deixar claro que a sigla passará a integrar a base do governo na Assembleia Legislativa do Acre.

A decisão do MDB, tomada pela presidência e membros do colegiado emedebista, coloca em situação delicada os integrantes do ‘glorioso’ na Assembleia, isso porque os três deputados recentemente assinaram um pedido de CPI para investigar a má aplicação de recursos pela Secretaria de Estado de Educação.

As assinaturas de Roberto Duarte, Antônia Sales e Meire Serafim colocam o governo Gladson no olho do furacão. Com elas, a oposição, que não tinha assinaturas suficientes alcançou a marca de 9 assinaturas, sendo que apenas 8 já são suficientes para abrir uma CPI.

Entretanto, ao ser questionado pela reportagem, o senador Marcio Bittar entende que os parlamentares não devem retirar as assinaturas do pedido, isso porque é consenso até mesmo do governador Gladson o desejo claro da realização das investigações. Bittar ponderou que os deputados emedebistas vão ajudar a esclarecer os fatos e no final emitir um atestado de idoneidade do governo, por meio da CPI.

“O MDB compreende que o leito natural corre para a reeleição do Gladson. A divisão no nosso meio favorece àqueles que derrotamos na eleição de 2018. O MDB não pode ser vítima de uma versão que não corresponde aos fatos. O nosso governador disse que era favorável a ela [CPI]. Nós temos um governador ao qual apoiamos lá atrás e continuamos a apoiar. Não tem, na minha lógica, o por quê ficar questionando, se retira ou não retira. Pra mim a CPI é um fato. O fato agora não é retirar assinatura. Seu eu tivesse no parlamento, nem meu pai saindo da sepultura faria eu retirar assinatura. Agora a questão é: o MDB vai ajudar o governo e ajudar na CPI, para que as coisas sejam esclarecidas e que o MDB tem a compreensão que a CPI vai dar o atestado de idoneidade do governador. Achamos que sim. Agora é o apoio dos deputados do MDB para que a CPI não seja politizada, seja correta e justa”, disse o senador Marcio Bittar.

Flaviano Melo disse que a decisão de aderir à base de Gladson é uma decisão tomada pelo conselho deliberativo do Partido. “No nosso setor de deliberação foi decidida essa aliança com o governo Gladson”.

Atualmente, o partido tem apenas uma secretaria no governo, a de Produção e Agronegócio (Sepa), comandada por Neném Junqueira, que não é filiado ao MDB e estava no PSL até ser nomeado pelo governador por indicação de Bittar.

Flaviano afirmou que o partido vai mostrar na Sepa a forma do MDB de trabalhar e que isso vai motivar o governador a ampliar o espaço da sigla no governo.

Ao ser questionado sobre se o MDB tem interesse em formar chapa com Gladson em 2022, Márcio Bittar foi categórico ao dizer que sim. “Temos, claro. Um partido desse tamanho é legítimo que tenha. Eu falo há dois anos que é natural que o MDB busque, pelo seu tamanho, história e prestígio, estar com Gladson na chapa majoritária”.

Comentários

Compartilhar
Publicado por
Noticias da Hora